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Antevendo os “Preliminares”

Olá a todos!

Há quem ainda não acredite mas parece ser mesmo verdade que “Max-O- Man” vai ser invocado no dia 5 de Dezembro, quando o agrupamento constituído pelos quatro dinossauros do “Jazz – Rythm and Blues”, nomeadamente Bob James, Harvey Mayson, Nathan East e Larry Carlton, se fi zerem ao palco que estará algures montado na cidade capital de Maputo.

 

Os FourPlay não são Jazz “mainstreem”, Jazz rigoroso. Chamam-lhes senhores do Jazz Contemporâneo. Tenho difi – culdade em perceber o contexto desta classifi cação, contudo, para além das várias adjectivações a que estão sujeitos no âmbito do estilo musical, eles são, com certeza, daquelas formações cuja sonoridade tem muito mais para além de característico. Têm cumplicidade e intimismo. São contagiantes! Testemunhei isso há três anos, na vizinha África do Sul, aquando da deslocação da formação para “spots” africanos. Fui com o particular interesse de ouvir a guitarra bluesy de Larry Calrton que fez a sua estreia com a banda em 1998 ao substituir Lee Ritenour. Tanto um como o outro fazem o que é a essência da banda, isto é, criam ambientes sonorosos com alusões temáticas que fi cam logo à primeira retidos no ouvido, evidenciando a acção intercalada ou uníssona do piano e guitarra, umas vezes eléctrico(a) outras vezes acústico(a). “Bali Run” é um bom exemplo.

East e Mayson não podiam fazer melhor parelha. O primeiro emite um som de baixo eléctrico cristalino que por vezes nos abana com um stackato dosado de bom groove; já o segundo é daqueles bateristas capaz de baquetear sem obrigar a que o ouvinte repare que ele está presente, acabando os dois, por isso, por produzir um sustento rítmico bluesy, funky, Jazzy, de refi nado gosto.

Fazer referência a Bob James, para muitos aqui nas nossas paragens, é falar do seu álbum “Double vision” que contém o nosso célebre “Maputo” que estranhamente está mais associado ao próprio do que àquele que de facto é o “culpado” de tal composição aprimorada de musicalidade.

Todos estes elementos têm as ligações mais pop que se podem imaginar, contudo a génese do agrupamento Fourplay deriva da altura em que James nos presenteia com o seu “Grand Canyon Piano” onde, após as secções de gravação do mesmo, tudo se cozinhou para que germinasse esta formação.

Bem, agora resta saber o que é que as equipas, personagens ou empresas de produção de espectáculos nos reservam para o esperado dia. Eu tenho bem presente do que já vi, ao vivo e a cores, desta formação, e pela sede de eventos que temos, espero sinceramente que a anunciação deste espectáculo não seja uma alucinação dos capitalistas e supostos empreendedores que temos cá na praça a proporem mais umas daquelas megalomanias de difícil realização, pois se o facto vier a consumar-se de acordo com aquilo que são os parâmetros aceitáveis para uma realização de tal nível, eu quero “After Th e Dance” estar “Between the Sheets” muito para lá dos preliminares.

Abracoes, beijos e carinhos.

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