Quarenta e três crianças órfãs e vulneráveis do posto administrativo de Nihessiué, no distrito de Murrupula, recolhidas por um grupo de irmãos católicos, carecem de apoio de alimentos, vestuário e material escolar devido à sua situação originada devido à morte dos seus pais.
Dados em nosso poder indicam que parte daquelas crianças foram retiradas das suas famílias substitutas, onde estavam a viver em precárias condições devido à falta de condições básicas, por um lado, e, por outro, em consequência do trabalho forçado e maus tratos a que eram submetidos.
Inácio António Natilo, jovem casado de vinte e cinco anos de idade e residente no posto administrativo de Nihessiué, disse que a sua congregação religiosa, ao deparar com a existência em massa de crianças órfãs e vulneráveis cujos pais morreram por várias enfermidades, incluindo o HIV/ SIDA, decidiu criar uma comissão que se incumbiu do levantamento do número de crianças órfãs que precisavam do apoio dos irmãos da Igreja.
A acção acabou por apurar mais de quarenta crianças, em pouco tempo, o que levou a comissão a estudar outros mecanismos de apoio àquelas crianças, nomeadamente através da colecta de dízimos e outras contribuições feitas por vários crentes da igreja e mebros da comunidade residente naquele posto administrativo.
Inácio Natilo referiu, entre as inquietações mais premente, a falta de acesso à escola, vestuário, assistência alimentar e sanitária. Natilo afirmou que têm surgido alguns apoios, mas ainda aquém das reais necessidades para a cobertura integral das crianças órfãs e vulneráveis existentes naquele posto administrativo.
Consequentemente, dirige um vigoroso apelo não só à sensibilidade da comunidade do distrito de Murrupula, mas de toda a província no sentido de apoiarem aquelas crianças a sairem da dramática situação em que se encontram.