Os jovens, em todo o continente africano, estão a tomar a liderança para fazer das suas comunidades um bom lugar para todos, e a Academia Africana de Liderança (ALA) ajuda-lhes a alcançar os seus objectivos. Abaixo estão alguns exemplos de como os jovens em África começaram a transformar o seu continente:
Carmen Augusto, Moçambique
Transformando a sua comunidade através de aconselhamento aos casais
Na sua escola pública na Beira, em Moçambique, Carmen viu um problema que ninguém se mostrava disposto a resolver. Metade de raparigas desistia de estudar antes da graduação devido à gravidez.
Se ninguem podia fazer algo por conta disso, ela podia. Carmen desenvolveu a Educação Sexual para raparigas, e a sensibilização sobre HIV para todos.
Ela foi tão vocálica e sucedida que aos 13 anos de idade se tornou a conselheira de casais mais nova seleccionada por uma organização não governamental chamada Geração.
Dai, ela aconselhava raparigas da sua idade e mais velhas em questões de HIV/SIDA, violência doméstica e educação sexual aos adolescente.
Na sua própria escola, Carmen dirigiu programas para informar as raparigas sobre esses assuntos, e no ano lectivo seguinte, as taxas de gravidez da idade do seu grupo caiu em 40%. A partir dai Carmen aprendeu como uma simples acção positiva pode catalisar mudança em toda a comunidade.
Do seu sucesso, Carmen nota ‘A solução foi simples. Se todos pudessem fazer o esforço, poderiamos controlar a SIDA em África. A resposta começa com o conhecimento.’ Uma vez que planeia a sua vida com a ALA, Carmen espera constituir uma organização que tenha impacto nas vidas de mulheres e raparigas em todo o continente.
Emmanuel Manirakiza, Rwanda
Levantando-se das cinzas
A vida do Emmanuel foi mudou para sempre com o genocídio ruandês de 1994. O seu pai foi capturado na vila e pedrejado até a morte e a sua mãe e sua irmã, bebé, moreram, mais tarde, de cólera, num campo de refugiados quando ele tinha apenas cinco anos de idade.
Emmanuel fugiu da miséria do campo dos refugiados com suas duas irmãs mais velhas, mas logo separou-se delas. Viveu sozinho nas ruas como um mendigo até oito anos de idade.
A sobrevivência nas estradas não lhe permitiu frequentar a escola, mas quando ganhou visao adaptou-se como outros estudantes. Ultimamente, o seu brilho foi reconhecido, e Emmanuel foi tirado da estrada por um Bispo e o matriculou como estudante de terceira classe numa escola privada paroquial.
Quatro anos depois, fez Exames Nacionais de Ruanda para todos os estudantes da sexta classe e pontuou-se entre os 10 melhores estudantes da nação.
Desde aqueles anos, Emmanuel continua a notabilizar-se, operando como líder na sua escola e escrevendo colunas de hóspedes para New Times, um jornal ruandês.
Depois da ALA, ele espera continuar a sua ‘liderança com serviço’ e candidatar-se um dia para ser presidenta da Ruanda, assegurando que os acontecimentos trágicos da sua infância não se repitam.
Madia Thiam, Senegal
Buscando abrigo para meninos da rua
No Verão do seu primeiro ano na ALA, Madia Thian revisitou a sua memória de infância – e no processo mudou vidas de 19 famílias. Quando criança, Madia tinha visitado um grupo que ajudava crianças de rua em Dakar. As crianças eram de sua idade, e a sua maior memória foi de passar o dia brincando com elas.
Armada com a informação que aprendeu no primeiro ano do corriculo de liderança e empreendedorismo na ALA, Madia decidiu que já era tempo de voltar e revisitar a organização. O que ela conseguiu foi uma oportunidade para fazer a diferença.
Madia descobriu que as crianças da rua têm sonhos, ambições, esperanças, tal como ela. Mas na sua situação, elas nunca poderiam realizá-los.
Madia avançou e desenvolveu um programa que providenciaria uma plataforma para mudar as suas vidas. Começou por lhes ensinar uma simples experiência: como fazer figurinhass de animais com pérolas e fios.
Com esta experiência podia entrar dinheiro, e com dinheiro, a oportunidade para mudança. Com os seus primeiros ganhos pelas vendas das figurinhas, Madia levou as crianças para o oceano. Foi a primeira vocação delas, e um mundo de possibilidades abriu-se.
Então, elas empenharam-se em desenvolver habilidades necessárias para fazer bens mais lucrativos, e até o final do verão já faziam bolsas de alta qualidade que seriam vendidas a turistas e nos mercados.
Mas o maior impacto desta experimentação de sucesso veio no final do verão, quando 19 destas crianças ganharam coragem de deixar as ruas e voltarem às suas famílias.
Mohammed Barry, Gambia
Tornando-se ‘positivo’ numa causa pela vida
O mais velho de três irmãos, Mohammed é a figura do pai na sua família desde que o seu pai perdeu a vida depois duma prolongada luta com câncer.
Como se isso não bastasse para um rapaz a crescer num ambiente modesto, urbano de Banjul, Gâmbia, Mohammed tem estado a enfrentar uma batalha pela sua própria mortalidade. Mohammed foi diagnosticado como HIV-positivo aos 7 anos de idade.
Ao invés de se entregar à doença que tinha devastado o seu corpo, Mohammed tornou-se o activista mais famoso em questões de HIV, em Gâmbia. ‘Conheço as implicações da doença ao nivel pessoal, nacional e internacional, assim como social e economicamente.
Isso me incomoda porque se não me juntar à réplica e colocar a liderança na reacção da SIDA, vamos todos afundar e as nossas gerações serão perdidas pela SIDA.’
Mohammed acredita que ‘fazer um impacto no percurso da história não requere recursos ilimitados mas sim paixão e engajamento para fazer um impacto sólido em qualquer escala.’
Ele, com certeza, mostrou essa paixão e engajamento, e trouxe a sua voz ao estágio global pela sua selecção para frequentar uma larga série de conferências, incluindo o Forum Económico Mundial.
A Academia Africana de Liderança é uma escola secundária pan-africana em Joanesburgo, África do Sul, que visa desenvolver a próxima geração de líderes africanos.
A ALA oferece um programa intensivo de dois anos com um único foco à liderança, empreendedorismo e Estudos Africanos. Tem disponíveis bolsas de estudo.
Para mais informações Visite:
www.africanleadershipacademy.org (inglês)
http://pt.africanleadershipacademy.org/ (português)
ligue: +27 11 699 3000
E-mail: admissions@africanleadershipacademy.org