É ainda muito crítico o nível de consumo individual da população moçambicana vivendo nas zonas rurais, apesar das estatísticas oficiais indicarem ter a pobreza em Moçambique reduzido de 71,3%, em 1997, para 56,9%, em 2009, contra a queda de 62% para 49,6% nas zonas urbanas durante o mesmo período.
Segundo as mesmas informações, enquanto nas zonas rurais a taxa de pobreza absoluta reduziu em cerca de 6,3%, entre 1997 e 2009, nas cidades e durante o mesmo período ela caiu em cerca de 12,4%.
Este cenário levou o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), em parceria com o sector empresarial privado moçambicano, a lançar, a partir da quinta-feira última, em Maputo, o programa Pro Empresa Jovem para responder aos desafios de emprego e/ou ocupação formal da maioria dos jovens que vivem nas zonas urbanas.
O sector empresarial do Estado, constituído por Empresas Públicas e Participadas pelo Estado, está neste programa no âmbito da sua Responsabilidade Social Empresarial, através de um fundo de cerca de 500 mil dólares norte-americanos, ou seja, 15,5 milhões de meticais, para financiar áreas de geração de emprego, melhoria do ambiente de negócios e protecção social.
Especificamente, estão a ser fomentadas com o fundo acções de criação de pequenas e médias empresas e de auto-emprego capazes de enquadrar e apoiar a iniciativa empreendedora dos munícipes e criação de condições para atrair outras entidades comprometidas com os desafios contra a pobreza em Moçambique a se envolverem no programa.