Cerca de 8,1 milhões de dólares norte-americanos deverão ser aplicados, ao longo de 2011, para apoiar trabalhos de pesquisa e inventariação de produtos florestais moçambicanos susceptíveis de abastecer a indústria de cosméticos e de ornamentação da Ásia e Europa.
O montante será desembolsado pelo Japão e o esforço deverá contribuir para disciplinar a exploração dos recursos florestais em Moçambique, segundo informações avançadas pela embaixada nipónica em Maputo, salientando que “muitos recursos são extraídos sem conhecimento da ecologia local e nem da capacidade de regeneração das espécies existentes”.
A intensidade da degradação ambiental em várias regiões do país resulta do aumento da densidade populacional e culmina com maior pressão sobre as florestas, de acordo ainda com aquela representação diplomática, destacando que o apoio japonês insere-se no âmbito da assistência técnica e financeira ao sector do meio ambiente de Moçambique.
Destaca ainda a Embaixada do Japão, em Moçambique, que o financiamento a trabalhos de pesquisa e inventariação das potencialidades florestais moçambicanas não é reembolsável, pelo que “o mais importante é que sejam desenvolvidos programas e tecnologias de maneio das florestas naturais eficazes e sustentáveis em termos ambientais”.
O fraco conhecimento das potencialidades de espécies nativas e do seu valor comercial origina a “concentração da exploração em número reduzido de espécies, concorrendo para a sua rápida extinção”, refere a mesma representação diplomática.
Refira-se que o Ministério da Agricultura aponta ainda a procura de combustíveis lenhosos, práticas agrícolas inapropriadas e queimadas descontroladas como os principais factores que contribuem para a crescente degradação da floresta moçambicana.