O crédito à economia moçambicana financiou em cerca de 23,4% o Comércio ao longo de 2009, contra apenas 7% do crédito endossado no mesmo período à Agricultura, 12,9% à Indústria e 12,2% ao sector dos Transportes e Comunicações.
A maior fatia dos cerca de 290 milhões de meticais concedidos em forma de crédito foi para os chamados outros sectores que ficaram com 35,7% daquele montante, contra 6,4% direccionados para a Construção e 2,5% para o Turismo, segundo a Conta Geral do Estado (CGE), de 2009, depositada na Assembleia da República (AR) para sua análise e aprovação.
O crédito concedido teve um peso de 0,3% no Orçamento do Estado de 2009, segundo o mesmo documento pertença do Governo e auditado pelo Tribunal Administrativo (TA).
Crédito externo No respeitante ao crédito externo, o documento em alusão indica que ele foi no montante global de 13,8 milhões de meticais e teve 15,8% de peso no financiamento global do Orçamento do Estado de 2009.
Daquele valor, 4,5% foram a taxa de contravolores não consignados, 4,3% de contravalores consignados a projectos e 2,5% em espécie a projectos, contra 4,4% do financiamento externo ao crédito à economia moçambicana que corresponderam ao montante de acordos de retrocessão.
Refira-se, entretanto, que em 2009 o Orçamento do Estado foi financiado em 45,3% pela comunidade internacional, através de donativos e crédito externo líquido.
A situação vai perdurar por algum tempo devido à rigidez das despesas e da limitada poupança interna, uma vez que a emissão de Obrigações de Tesouro (OT) deve ser acautelada, porque, no longo prazo, pode causar “alta pressão” das taxas de juro e redução dos exíguos recursos orçamentais no pagamento de juros, segundo a fundamentação do Ministério das Finanças.