A global segurança, uma empresa de segurança privada, baseada na província de Nampula, está há pouco mais de seis meses que não paga salários aos seus vigilantes, apesar de receber regularmente os valores da facturação relativa ao serviço prestado a diversas empresas e instituições, facto que demonstra a desonestidade por parte do patronato e que exige reflexão da parte do governo, sobre os mecanismos visando por cobro a repetição destes episódios.
Fonte do comité sindical daquela empresa disse ao nosso jornal que o ultimo salário que os cerca de cem vigilantes e pessoal afecto ao sector burocrático auferiram refere-se ao mês de Julho de 2010 e daquela altura a esta parte cada um sobrevive como pode.
“As festas, da quadra natalícia e de fim de ano, foram passadas em branco ou por outras palavras assistimos os outros a festejarem como se fossemos pessoas sem nenhuma ocupação. Pior de tudo é que os nossos filhos entre outros dependentes não vão frequentar o ensino no presente ano lectivo porque não temos recursos para custear as matrículas e a aquisição de material didáctico” – disse Mário Cimpueque.
Muitos vigilantes ao serviço da Global Segurança estão neste momento no mercado a procura de uma nova oportunidade de emprego e dizem que se viram forcados a tomar esta posição porque o governo através da Direcção Provincial do Trabalho, não está interessado em defender os interesses da massa trabalhadora.
São cerca de 900 mil meticais necessários para cobrir as despesas de pagamento de salários aos trabalhadores da Global Segurança valor que de acordo com os vigilantes, está na posse do proprietário da empresa, em gozo de férias, na companhia da sua família, numa das instâncias turísticas da província de Maputo, onde se encontra desde meados de Dezembro último.
Na direcção provincial de trabalho em Nampula ninguém quer falar do assunto alegadamente por falta de autorização do inspector chefe que na ocasião que a nossa reportagem se fez aquela instituição se encontrava ausente em missão de serviço.