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Morreu o panificador Mudjarimane

Morreu no início da tarde da quarta-feira, vítima de doença, o empreendedor Francisco Guambe ou simplesmente “Mudjarimane”, que se destacou nos mercados de Maputo vendendo pão em várias padarias que ostentam o seu nome.

Guambe foi internado, último domingo, na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital Central de Maputo, a maior unidade hospitalar do país, onde veio a perder a vida.

Na semana finda, Mudjarimane inaugurara, no bairro Hulene, arredores na cidade de Maputo, mais uma padaria elevando para cinco o número de unidades produtivas em diferentes postos espalhados pelas cidades de Maputo e Matola.

A cerimónia de inauguração da nova padaria contou com a presença do Presidente do Município de Maputo, David Simango, que, na ocasião, enalteceu o esforço empreendido por Francisco Guambe.

“A padaria que hoje inauguramos é um importante contributo para a melhoria da oferta de melhores serviços para os munícipes de Maputo. Por essa razão, saudamos o espírito empreendedor do nosso compatriota, cuja acção vai ser uma fonte de emprego e trabalho para outros munícipes e compatriotas em geral”, disse Simango.

O edil da capital acrescentou, por outro lado, que Guambe era por isso mesmo um exemplo na luta pela produção da riqueza, bem-estar individual e colectiva.

Francisco Guambe emigrou para a extinta República Democrática Alemã (RDA), onde viria trabalhar até à reunificação das duas alemanhas em 1989.

Regressou a Moçambique em 1992 e de um simples “mudjarimane” virou um herói anónimo. Abraçou o trabalho com afinco e dedicação acompanhados de inteligência e sorte, tendo-se tornado mais tarde num dos grandes panificadores em Maputo.

Dava emprego a 620 pessoas entre homens e mulheres dos quais 220 efectivos e 400 eventuais que garantem o fabrico, distribuição e venda de pão nas cidades de Maputo, Matola, distrito de Moamba e em diversos postos de venda espalhados pelos bairros da Costa do Sol, Romão, Magoanine, Urbanização e outros.

Padaria Oriental foi o nome com que baptizou o seu primeiro empreendimento mas, porque os consumidores nunca assim o quiseram chamar, preferindo apelidá-lo por mudjermane (como foram designados os regressados da ex-RDA), optou por fazer a vontade do consumidor e assim ficou conhecido.

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