Moçambique e Angola são dois dos países que o Departamento do Trabalho norte-americano vai adicionar à lista de nações onde foi detectada a utilização de mão-de-obra infantil ou trabalho forçado. Além dos dois países lusófonos, serão acrescentados à lista a República Centro Africana, Chade, El Salvador, Etiópia, Lesoto, Madagáscar, Namíbia, Ruanda, Zâmbia e Zimbabwé.
O relatório, divulgado esta quarta-feira, identifica 128 produtos em 70 países onde o trabalho forçado, o trabalho infantil ou ambos são usados em violação dos padrões internacionais. “Chamar a atenção para estes problemas é um primeiro passo para motivar governos, o sector privado e os cidadãos para agirem para acabar com estes abusos intoleráveis que não têm lugar no nosso mundo moderno”, comentou a secretária para o Trabalho norteamericana, Hilda Sollis, citada pela AP.
Segundo o Departamento de Trabalho, o relatório anual não tenciona punir ou embaraçar os países onde se estima que 215 milhões de crianças trabalhem em fábricas, quintas ou como ajudantes domésticos, mas chamar a atenção para o problema.
A agência salienta mesmo que muitos dos países que constam da lista estão a tomar medidas para lidar com o trabalho infantil.