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EUA recusam comentar sobre acusaçoes do ‘WIKILEAKS

O governo americano, através da sua Embaixada em Maputo, recusa-se a comentar sobre as acusações veiculadas pelo “WikiLeaks”, um portal da Internet, alegando que o poder político em Moçambique, incluindo o Presidente da República, Armando Guebuza, e o seu antecessor, Joaquim Chissano, estariam envolvidos no narcotráfico no país.

Falando em conferência de imprensa esta quinta-feira, em Maputo, o adido para imprensa e cultura da Embaixada dos EUA, Tobias Bradford, disse que “como política nós não falamos sobre qualquer detalhe de informação alegadamente classificada. Por isso, eu ou nenhum outro oficial do governo americano pode falar sobre qualquer matéria divulgada a imprensa”.

O WikiLeaks cita uma aludida troca de telegramas confidenciais entre Todd Chapman, antigo encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Moçambique, e o governo de Washington, referindo que Moçambique tornou-se o segundo país africano mais activo para a actividade dos traficantes de droga, depois da Guiné-Bissau.

Bradford aproveitou a ocasião para deplorar a atitude do WikiLeaks, afirmando que “gostaria de expressar a condenação pela divulgação de informação classificada e confidencial, porque isso põe sempre em causa pessoas, políticas e relações. Por isso, gostaria de expressar esse sentimento do lado do governo americano”.

Questionado sobre o acesso do WikiLeaks a correspondência confidencial entre a sua embaixada em Maputo e Washington, Bradford disse que ainda decorrem investigações para apurar os infractores. “Não existe uma conclusão final, mas a informação que existe refere que, provavelmente, terá sido uma pessoa de dentro que teve acesso a essa informação”, explicou.

Após varias insistências dos jornalistas, Bradford disse não estar em posição de comentar acusações que não são fiáveis no momento actual. “Não posso fazer nenhum comentário sobre informação alegadamente classificada. Por isso, não posso autenticar ou desmentir nenhuma informação”, acrescentou. Contudo, o adido de imprensa da Embaixada dos EUA revelou que o seu governo continua preocupado com as actividades do narcotráfico em Moçambique.

Enquanto isso, Bradford disse não acreditar que os últimos desenvolvimentos possam colocar em causa as relações entre Moçambique e os EUA, porque o seu país trabalhou arduamente para ter uma relação com Moçambique e outros países capaz de sobreviver momentos difíceis. “Há muitos anos que temos uma relação muito construtiva e positiva com o governo de Moçambique e acreditamos que essa relação vai continuar”, vincou.

Enquanto isso, o governo dos EUA está a fazer uma investigação sobre as fontes da WikiLeaks, bem como possíveis acções contra as mesmas, pelo facto de terem divulgado documentos de carácter confidencial, acto considerado ilegal.

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