A Tongaat-Hulet, companhia sul-africana produtora de açúcar em Moçambique e em vários países da África Austral, acaba de comprar parte das acções do Estado moçambicano nas açucareiras de Xinavane, província do Maputo, e de Mafambisse, em Sofala.
Assim, aquela companhia passa a deter 88% de acções da açucareira de Xinavane e assumir posição de sócio maioritário (51%), contra os actuais 12% do Estado moçambicano, segundo Peter Staude, presidente da direcção executiva da Tongaat-Hulet.
Já em Mafambisse, aquela companhia passou a deter 75%, fruto de negociações com o Governo nesse sentido, de acordo ainda com Staude, destacando que, após a consumação das negociações, a sua companhia está a realizar um “volumoso” investimento para garantir que Moçambique passe a produzir anualmente cerca de 500 mil toneladas de açúcar, a partir de 2012, para consumo interno e exportação para os Estados Unidos da América (EUA) e União Europeia.
A produção actual das quatro fábricas ronda em cerca de 300 mil toneladas de açúcar e o custo global de produção é estimado em apenas 8,5 cêntimos do dólar norte-americano a tonelada, “valor muito baixo comparativamente ao conseguido por Brasil, por exemplo”, lamentou Staude. Até Setembro de 2010 Moçambique arrecadou receitas pela exportação do açúcar de 56,8 milhões de dólares norte- americanos resultantes da colocação de pouco mais de 82 mil toneladas do produto no mercado externo, das quais 24 mil toneladas nos Estados Unidos da América (EUA) e o remanescente na União Europeia.
A Tongaat-Hulet controla também acções da fábrica da Maragra, na província do Maputo.