Uma média anual de 1200 toneladas de castanha de caju processada está a ser exportada por 23 fábricas espalhadas pelo país e outras cerca de 700 toneladas do mesmo produto são exportadas em bruto, segundo estimativas da Associação dos Industriais do Caju (AICAJU).
Contudo, o produto está a ser exportado sem o respectivo certificado internacional, situação que preocupa a agremiação que sugere “um investimento em sistemas de qualidade, incluindo higiene e segurança no trabalho, para permitir que, a médio e/ou longo prazo, as nossas unidades de processamento sejam certificadas a nível internacional”.
Entre 2003 a 2009, aquelas unidades processadoras da castanha de caju aumentaram o seu nível de produção de apenas três mil toneladas que eram garantidas por três unidades, para cerca de 40 mil toneladas agora processadas industrialmente por 23 fábricas activas em Moçambique.
A produção global da castanha é estimada em cerca de 95 mil toneladas/ano, entre processada e em bruto, “representando um rendimento médio por árvore de 2,5 quilogramas, quando o potencial é de oito quilogramas”, aponta a AICAJU.
As políticas “pouco consistentes” estabelecidas para o sector do Caju, envelhecimento de plantas, doenças e queimadas descontroladas figuram no rol de factores que impedem o pleno desenvolvimento da área, lamenta a AICAJU, apontando a melhoria de estradas e de procedimentos legais para a exportação e ainda o abastecimento em quantidades necessárias de água e energia como condições básicas para “bom desempenho do sector”.