Portugal investiu entre quatro e cinco mil milhões de euros nas áreas de Construção Civil e Imobiliária no mercado africano, dos quais 61% estão injectados em Moçambique e Angola, segundo Reis Campos, presidente da Associação das Indústrias da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).
Campos, que falava esta quarta-feira, em Maputo, durante um encontro da missão empresarial do seu país com empreiteiros moçambicanos, acrescentou que aquele volume de investimento foi atingido graças “ao passado histórico que constitui estímulo para a cooperação entre Moçambique, Angola e Portugal”.
Por outro lado, Agostinho Vuma, presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME), indicou no referido encontro que a construção civil tem uma contribuição de cerca de 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), “mas não beneficia directamente aos moçambicanos por os lucros estarem a ser canalizados aos financiadores externos”, devido ao facto de a contratação de empreiteiros estrangeiros estar a ser feita directamente pelo Banco Mundial (BIRD) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Preços elevados Entretanto, a vice-ministra de Planificação e Desenvolvimento, Maria Lucas, mostrou- se insatisfeita em relação aos preços elevados aplicados por empreiteiros portugueses no ramo Imobiliário em Moçambique, chamando a atenção para os mesmos passarem a ser mais acessíveis.
A delegação empresarial portuguesa de Construção Civil, Obras Públicas e Imobiliário que visita o país até 26 do corrente mês, é composta por 30 empreiteiros, estando prevista no final da deslocação a assinatura de protocolos de cooperação entre Moçambique e Portugal naquele ramo.