Para dissipar equívocos animados pelas recentes medidas do Governo visando conter a inflação, o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, afirma que não existe nenhuma intenção das autoridades de mandar converter contas individuais e institucionais abertas em bancos nacionais, mas em moedas estrangeiras.
“Não se pretende fazer nenhuma revolução, nem causar dano ao aforro das empresas e dos cidadãos”, sublinhou Gove no seu esclarecimento feito perante membros da Câmara de Comércio Moçambique/Brasil que serviu para ele dissertar sobre o novo Regulamento da Lei Cambial, cujo documento acaba de ser submetido à aprovação do Conselho de Ministros.
Gove indicou sobre o novo dispositivo legal, cuja lei foi aprovada pela Assembleia da República, em 2009, que o repatriamento das receitas de exportação continuará a ser feito, garantindo um adequado gradualismo e introduzindo “algumas almofadas” relacionadas com a permissão aos exportadores que contraírem financiamento externo de afectarem parte das suas receitas em divisa para o serviço da dívida.
Também os exportadores vão continuar a afectar as suas receitas em moeda estrangeira para amortização de empréstimos contraídos localmente antes da entrada em vigor do Regulamento da Lei Cambial, até à extinção desses créditos, explicou igualmente Gove aos empresários moçambicanos.