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TPM só transporta 8.3 % de passageiros de Maputo e Matola

A empresa pública Transportes Públicos de Maputo (TPM) só tem capacidade para transportar 8,3 por cento do universo de passageiros registados por dia nas cidades de Maputo e Matola, Sul de Moçambique. Segundo informações prestadas ao Primeiro-Ministro (PM), Aires Ali, durante a sua visita àquela empresa pública, na segunda-feira, os serviços de transportes públicos rodoviários servem a um total de cerca de 900 mil passageiros, mas apenas 75 mil viajam nos autocarros da empresa TPM.

“A nossa perspectiva para os próximos dias é aumentar o número de passageiros transportados para 80 mil, com o reforço da nossa frota”, disse o presidente do Conselho de Administração (PCA) desta empresa pública, Domingos Fernando. As cidades de Maputo e Matola contam cerca de 1,7 milhões de habitantes. A distância entre uma cidade e a outra é apenas de 15 quilómetros, havendo por isso uma enorme movimentação de pessoas de um ponto para o outro na sua vida diária.

Os serviços de transporte de passageiros são fortemente dominados pelos operadores privados denominados “Chapa” que actualmente contam com uma frota de 2.500 viaturas. A empresa pública só possui 110 autocarros, com os quais apenas consegue transportar 75 mil passageiros. Contudo, nem com a conjugação dos esforços de cada uma das duas partes se consegue ultrapassar o problema de transporte nas duas cidades, que é muito notório nos períodos de pico de passageiros.

Falando a imprensa momentos depois da visita do Primeiro-Ministro, Fernando disse que a solução para o problema de transportes passa pelo reforço da frota e melhoramento das vias de acesso, nos bairros onde esse tipo de intervenções é pertinente. “Para minimizarmos o problema precisaríamos mais ou menos de um reforço de 180 autocarros”, disse o PCA, adiantando que, com a visita do PM, podese vislumbrar uma solução para o problema. No seu contacto com a imprensa, Aires Ali disse que o grande factor, associado a falta de transporte, é o crescimento populacional verificado nas cidades de Maputo e Matola.

“Nós, como Governo, estamos preocupados e é por isso que estamos aqui para ter uma ideia do que é necessário fazer para resolver o problema”, disse o governante. O PM reconheceu que esta empresa pública presta um papel muito importante para a garantia do fluxo de passageiros. “Mas fiquei satisfeito ao saber que a empresa tem planos para o futuro, tem cursos de formação de técnicos, temos um leque de quatro marcas de autocarros…”, sublinhou ele, apontando, por outro lado, os outros aspectos que ainda constituem preocupação, como é o caso de acidentes de viação envolvendo autocarros de passageiros.

Actualmente, a empresa TPM conta com uma frota de 189 autocarros, alguns dos quais servem as delegações da empresa nas cidades de Xai-Xai, província de Gaza, Inhambane, a capital da província com o mesmo nome, e Quelimane, na Zambézia.

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