De acordo com as expectativas, as regiões rurais e mais pobres, bem como os eleitores idosos, votaram no conservador Kaczynski, enquanto Komorowski triunfou em áreas urbanas de maior dimensão (
O Rzeczpospolita escreve que, apesar da vitória de Komorowski, foi Kaczynski que “teve êxito no sentido político”, porque o seu desempenho forte, associado ao apoio crescente ao PiS, mostra que as duas principais forças políticas do país se encontram “praticamente empatadas”.
A Plataforma Cívica “não tem nenhuma garantia de permanência duradoura no poder”, salienta o diário conservador. Agora que combina a Presidência e a chefia do Governo, a Plataforma Cívica “perdeu o seu álibi para não proceder às reformas necessárias”, salienta o Rzeczpospolita na sua análise pós-eleitoral. Sob a presidência do falecido Lech Kaczynski, era impossível dar um abanão no sistema de saúde.
Outras reformas, das finanças públicas e do seguro combinado de saúde e de reforma para os agricultores, serão provavelmente impopulares, sugere o diário de Varsóvia, sugerindo que a curta margem da derrota de Kaczynski pode ser reveladora da vitória do seu partido nas eleições gerais de 2011.
O mesmo é manifestado pelo diário liberal Gazeta Wyborcza, que avisa o partido do primeiro-ministro Tusk que “a menos que mostre ser um partido reformista, aberto aos postulados culturais da democracia europeia – perderá as próximas eleições”.