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Argentina 3 – México 1, golo ilegal abre portas dos quartos de final a Maradona

Argentina 3 - México 1

O duelo entre estas duas seleções sul americanas era uma reedição de um jogo, também dos oitavos de final, disputado a quatro anos em Leipzig no Mundial da Alemanha. Mas este domingo, a vítima foi o México, assim como tinha sido há quatro anos, com a diferença de que, desta vez, foi um golo ilegal de Tevez que abriu o caminho para a vitória da Argentina por 3 a 1.

84.337 espectadores no Soccer City, e milhões pelo o mundo fora, viram um México atrevido a jogar bom futebol no início do jogo até que Carlos Tevez abriu o caminho para a vitória albi celeste em posição claríssima de fora de jogo, ignorado pelo juiz e pelo seu assistente. Higuaín ampliou para 2 a 0 e é o melhor marcador do Mundial, com quatro golos, Tevez marcou novamente, com um remate de fora da área, um golaço espectacular, e os mexicanos conseguiram marcar o golo de honra por Hernández.

Ainda o jogo não tinha começado e muita festa faziam as centenas de adeptos mexicanos e os milhares de argentinos que vieram a Àfrica do Sul apoiar as suas seleções, quando as equipas entraram no relvado para o aquecimento grande ovação para os craques albi celestes e outra ovação para os mexicanos. Mas quando Maradona entrou para o relvado a ovação foi indiscritível, de todas estrelas ele continua a ser a mais cintilante, pelo menos para os argentinos.

Na festa rolos de papel higiénico atirado para o relvado, a imitar confetes, e um deles, mais húmido atingiu o guarda-redes Perez obrigando a uma interrupção do jogo logo nos minutos iniciais Limpo o relvado o jogo prosseguiu com o México a pressionar ainda no meio campo adversário dificultando a ação dos criativos argentinos, nem Messi conseguia espaço.

A equipa azteca trocava a bem bola e procurava assustou Romero com um remate do meio da rua saído dos pés de Salcido, o guarda-redes deu uma palmada e a bola explodiu no travessão. Em seguida, Guardado também de fora da àrea rematou com um incrível efeito, levando a jabulani a raspar a trave.

Messi que procura a todo o custo brilhar, e principalmente marcar, conseguiu ganhar na corrida a um defesae tentou rematar em jeito para fazer um chapéu a Perez, o guarda-redes em cima da linha não teve dificuldades em segurar a bola.

Ao fim dos primeiro 15 minutos, a Argentina estava anulada pelas laterais e Messi a ter que vir buscar jogo muita atrás acabava sempre ensanduichado entre dois mexicanos. Maradona, cujas qualidades como treinador ainda estão longe de convencer até aos próprios argentinos, não tinha soluções para chegar ao golo.

Depois da mão de Luís Fabiano, ajeitando a bola para marcar a Costa do Marfim, depois do golo de Lampard que só os àrbitros não viram, é facil perceber que a FIFA precisa repensar seriamente o uso das novas tecnologias para ajudar nas decisões das equipas de arbitragem.

Minuto 26, Messi combina com Tevez em posição duvidosa, o atacante disputa a bola com o guarda-redes e a jabulani sobra novamente para o camisa 10, vindo de trás Messi toca para a cabeça Tevez, e desta vez completamente em fora de jogo, Carlitos cabeceou sem marcação para o fundo das redes mexicanas.

Enquanto Tevez fazia a festa e os mexicanos avançavam para o centro do relvado para repôr a bola em jogo, aconteceu o inesperado, obra do acaso ou propositado, os ecráns gigantes do estádio, contrariando o habitual no Mundial, mostraram o replay do lance do golo, com o efeito especial usado pela televisão para ilustrar o posicionamento dos jogadores em relação a defesa.

O que era uma dúvida ligeira ficou claro aos olhos de todos. Os jogadores mexicanos dirigiram-se ao árbitro italiano, Rosetti, que ainda foi consultar o seu assistente Stefano Ayroldi, que acompanhou essa jogada, mas a dupla confirmou a o erro: Argentina 1 a 0.

O golo mais do que afectar a tenacidade inicial da equipa mexicana terá deixado os jogadores a pensarem como é que a FIFA põe no torneiro uma bola quase perfeita, transmite em Alta Definição pela televisão e até em três dimensões mas não admite que os juizes façam uso dessa tecnologia toda para dar mais dignidade ao jogo.

Talvéz a pensar nisso estivesse Osório quando aos 33 minutos, na entrada da área, recebeu a bola sozinho e colocoa-a em Higuaín, que invadiu a área e teve frieza para driblar o guarda-redes antes de fazer o segundo golo argentino.

Os dois golos atordoaram completamente a equipa do México, e a Argentina teve chances de ampliar. Aos 36 minutos, Di Maria rematou cruzado e obrigou Perez a fazer grande defesa. Quatro minutos depois, Higuaín ganhou de Osorio – sempre ele – no alto, mas cabeceou para fora.

O intervalo chegou a tensão do jogo ainda a gerar alguma confusão na entrada do túnel para os balneários.

Na volta para a segunda parte, Javier Aguirre tirou Bautista e lançou o atacante Barrera, o México melhorou no ataque mas aos 52 minutos Carlitos Tevez, que jogão – defendeu, recuperou bolas, fe pressão e atacou – corou a sua exibição com um dos melhores golos do Mundial, remate do meio da rua no ângulo da balzia de Perez, 3 a 0 para a Argentina.

A Argentina que até aí não havia construído muitas jogadas nem feito grande pessão desceu ainda mais no relvado deixando o México jogar, embora colocando nove jogadores atrás só fique espaço para remates fora da àrea, e foram vários. Guardado, Salcido, cada um foi tentando o seu, e o guarda-redes Romero defendia ora para canto ou segurava, ou ainda via a bola sair pela ao lado da sua baliza. Hernández teve sua primeira chance de cabeça aos 62 minutos, mas mandou a bola por cima do travessão.

Aos 68 minutos, o descanso merecido para o guerreiro Tevez, eleito melhor do jogo, cedeu o seu lugar para o veterano Verón, a Argentina reforçava a linha defensiva.

O esforço asteca persistiu e aos 69 minutos, Heinze salvou em cima da linha o que seria o golo de Barrera. Mas daí a pouco, no minuto 7,1 Hernandez recebe a bola de costas para a baliza, roda ganha de dois defensores argentinos e remata sem hipóteses para Romero, reduzindo o marcador para 3-1.

No último minuto do jogo Messi ainda tenta mais uma arrancada para o golo mas o remate do camisa 10 esbarrou no guarda-redes Perez, que defendeu para canto.

Daí a pouco o jogo terminou com uma vitória pouco merecida, apesar dos golos, da Argentina que que vai agora cruzar-se com a Alemanha nos quartos de final, outro jogo que é uma reedição já que em 2006 as duas seleções cruzaram-se e os sul amaricanos foram eliminados nos penaltis. O confronto será no próximo sábado, dia 3 de julho, na Cidade do Cabo.

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