M oçambique não está preparado para antigir as metas universais no contexto de saneamento urbano devido à fraca capacidade de tratamento do lixo, segundo Peter Hawkins, do Water and Sanitation Program, organismo internacional que opera na área de água e saneamento no mundo.
De acordo com a fonte, alguns países africanos definiram o ano de 2025 como meta para redução de alguns problemas de água e saneamento do meio que, em Moçambique, afectam directa ou indirectamente as cerca de seis milhões de pessoas que vivem nos centros urbanos. Para o nosso entrevistado, este desafio está longe da realidade devido à falta de um sistema de tratamento de lixo na maioria das cidades e vilas, associado à prática de fecalismo à ceu aberto.
Para contornar este cenário a fonte apela aos titulares municipais no sentido de promoverem o uso de latrinas,como forma de evitar a progação de várias doenças nas comunidades. Esta ideia é, também, partilhada pelos presidentes dos municípios da Beira e de Quelimane, respectivamente Daviz Simango e Pio Matos, que defendem o envolvimento dos jovens nas acções de promoção ambiental.
Dados em nosso poder indicam que, apenas, a cidade de Maputo é que possui um sistema adequado de tratamento de resíduos, seguida do município da Beira que está já desenvolver um projecto idêntico com o apoio de alguns parceiros internacionais. A cidade da Beira conta com uma população estimada em mais de 430 mil habitantes, enquanto a de Quelimane possui cerca de 200 mil habitantes. Como o apoio do Banco Mundial e de outros organismos financeiros internacionais, o Water and sanitation program opera em 25 países do mundo, 12 dos quais africanos.