O Ensino Secundário Geral do Primeiro Ciclo (ESG1) apresenta elevadas taxas de reprovação, por conseguinte, pouco eficaz em termos de promoções e graduações.
A constatação foi revelada hoje durante os debates da Reunião Anual de Planificação do Ministério da Educação, que congrega, em Maputo, quadros do pelouro idos de todas as províncias, para uma reflexão sobre o trabalho do sector da educação em 2009 e perspectivar o ano 2011.
A ineficácia, segundo o relatório do Balanço de Aproveitamento Escolar 2009, é traduzida não somente pelas baixas taxas de aproveitamento nas classes intermédias, em todas as regiões do país, mas também pela discrepância entre os resultados das classes de exame e das intermédias.
Mais ainda, o aproveitamento da 10ª classe nos últimos três anos tende a baixar e em 2009 só cerca de metade dos alunos matriculados nesta que é a última classe do primeiro ciclo passaram de classe. O aproveitamento escolar para a 10a classe, em 2009, situou-se em 58,5 por cento contra 61,4 e 68,1 nos anos de 2007 e 2008.
O documento mostra igualmente as taxas de aprovação, desistência e de reprovação por província e por sexo. A Cidade de Maputo, Gaza e Zambézia no sul e centro do país apresentam as mais elevadas taxas de reprovações 30,6; 31,6 e 31 por cento respectivamente. No que tange as desistências, Manica (centro) tem o maior índice sobretudo entre os homens que cifra os 9,5 por cento.
A taxa de desistência, em média, foi de 4,4 por cento e as raparigas, com excepção do caso de Manica, apresentam um valor superior ao dos rapazes. A província de Nampula é aquela que apresenta o mais baixo índice cifrando 1,4 por cento.
Os resultados, segundo o Ministério da Educação, reflectem que o desempenho do Ensino Secundário Geral não apresenta tendências desejáveis, pois não reflecte, ainda, o dinamismo que lhe é imposto, esperando-se que o processo da sua reforma venha a gerar uma revolução efectiva.