O novo Terminal Internacional do Aeroporto de Maputo poderá entrar em funcionamento a partir do próximo mês de Setembro. Para o efeito, o empreiteiro da obra, iniciada em Abril de 2009, está a terminar a rectificação de algumas anomalias detectadas durante a inspecção, como o funcionamento dos sistemas eléctricos, entre outras.
A garantia foi dada por Acácio Tuendue, director do Projecto de Modernização Ampliação do Aeroporto, no final da visita concedida aos órgãos de comunicação social sedeados na capital do país, visando dar a conhecer o estágio das obras da infra-estrutura aeroportuária. Segundo o director, está praticamente concluída a construção do terminal internacional, com um total de 13 balcões para efeitos de “check in”, número que contribuirá para melhoria qualitativa dos serviços oferecidos aos passageiros. Ali funcionam também os serviços de migração, alfândegas, veterinária e saúde.
A semelhança de outros aeroportos internacionais, o terminal está equipado de tecnologias de ponta, como são os casos de vários painéis electrónicos indicando os horários e destinos dos voos do dia, loiça sanitária que funciona com base em sensores. O aeroporto tem escadas fixas e rolantes, elevadores dos quais uns apenas para pessoas portadoras de deficiência e as portas de embarque (boarding gate) para grandes aeronaves.
Tuendue disse que com a nova roupagem espera-se uma média de 400 passageiros por hora a embarcar e desembarcar, contra os 150 que iam no velho edifício. Aliás, o terminal foi feito a contar com uma nova realidade em termos de fluxo de passageiros, dada a recente abertura do espaço aéreo. Contudo, afirmou que serão, por enquanto, as mesmas companhias aéreas a usar a nova infra-estrutura, nomeadamente as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Transportes Aéreos de Portugal (TAP), Kenyan Airways, South African Airways (SAA) e a Airlink.
Além do terminal internacional, estão igualmente concluídas algumas infraestruturas auxiliares como são os casos da central eléctrica, o sistema de frio, o sistema de tratamento das águas residuais e incineradora (com capacidade para incinerar 500 quilogramas de lixo, por hora). Dada a necessidade de reduzir os efeitos do estufa, a incineradora tem algumas câmaras que, durante a incineração, vão reduzindo a perigosidade dos fumos expelidos para a atmosfera.
Acácio Tuendue disse, por outro lado, que as obras de construção do terminal doméstico que, em princípio, serão feitas de forma faseada, vão arrancar logo que terminar o internacional e a previsão da duração das obras é de 14 meses. A componente de segurança não ficou para trás, passando o parque de estacionamento de viaturas a albergar 600 carros, em função da actividade, carros de hotéis, autocarros, táxis e mesmo as viaturas pessoas.
As obras de construção do Aeroporto de Moçambique estavam, previamente, avaliadas em 75 milhões de dólares desembolsados pelo EximBank da China. Porém, houve necessidade de rectificar o montante outrora delineado, estando, desta feita, os aeroportos a negociar mais financiamentos.