O Primeiro-Ministro moçambicano, Aires Ali, chegou na terça-feira à capital chinesa para, a partir de quinta-feira, iniciar uma visita oficial de cinco dias ‘a China, a convite do seu homólogo chinês, Wen Jiabau. Nesta sua primeira deslocação a este país na sua qualidade de primeiro-ministro, Aires Ali faz-se acompanhar de sua esposa, Joana Francisco Maurício Ali.
E por uma importante delegação, destacando-se três ministros, uma ministra e um vice-ministro, nomeadamente Manuel Chang, das Finanças, Cadmiel Muthemba, das Obras Públicas e Habitação, Paulo Zucula, dos Transportes e Comunicações, Esperança Bias, dos Recursos Minerais e Eduardo Koloma, vice ministro dos Negócios estrangeiros e Cooperação.
A última vez que Aires Ali esteve aqui na China era Ministro da Educação, cargo que exerceu até o ano passado, antes de ser incumbido para este. Segundo o embaixador moçambicano acreditado aqui em Beijing, António Inácio Júnior, esta visita de Aires Ali a China visa reforçar os laços de amizade e cooperação que unem os dois países desde a década de 60 quando ainda o povo moçambicano lutava contra o colonialismo português em que a China foi um dos apoiantes, e que viriam a ganhar maior impacto e expansão logo depois da proclamação da independência de Moçambique em 1975.
O primeiro dia da vista de Aires Ali terá como um dos pontos mais altos as conversações oficiais que terá com o seu homologo chinês, na presença dos membros da sua comitiva juntamente com a da sua contraparte chinesa. Depois seguir-se-á visitas a uma série de instituições sedeadas aqui nesta capital chinesa habitada por, mais de 20 milhões de habitantes, o que empata com toda a população moçambicana. Um breefing feito pelo embaixador moçambicano ao primeiro-ministro Aires Ali e sua comitiva, ficou claro que a China está mais do que preparado a consolidar e expandir cada vez mais a sua cooperação com Moçambique.
Ele destacou que essa expansão deverá incluir os investimentos públicos e privados em Moçambique, e que tudo indica que nos próximos anos haverá grandes empreendimentos chineses em território moçambicano. Ele anunciou que nos finais deste mes será realizada em Xangai, a capital económica chinesa agora tida como a Nova Iorque de toda a Ásia, um seminário em que estarão presentes mais de 300 dirigentes de algumas das maiores empresas chinesas e que estão interessados em investir em Moçambique.
O embaixador Júnior mostrou-se muito optimista que nos provimos anos Moçambique será de facto um dos pólos ou co-epicentros dos investimentos chineses, dando como prova disso uma série de grandes projectos já esboçados e que deverão começar a ser implementados no país.
De notar que neste momento, a China está empenhada no financiamento e construção de grandes infra-estruturas em Moçambique, destacando-se o Aeroporto Internacional de Maputo, já na etapa final da sua primeira fase, bem como o Estádio Nacional também na capital moçambicana, os novos edifícios da Procuradoria da Republica e do Tribunal Supremo, para alem de uma série de estradas em vários pontos do país.