Moçambique poderá duplicar as suas exportações de algodão em bruto para a Indonésia, anunciou semana passada Mintardjo Halim, presidente do Comité para Africa da Câmara de Comércio daquele país asiático. Para o efeito, a ministra de comércio da Indonésia, Mari Elka Pangestu, e o seu homólogo moçambicano da indústria e comércio, António Fernando, rubricaram um memorando de entendimento de cooperação bilateral em Jacarta, capital indonésia.
Fernando havia-se deslocado para aquele país para uma viagem de trabalho. Na ocasião, Halim disse que o volume das exportações de algodão de Moçambique para a Indonésia atingiu 15 milhões de dólares em 2009. Numa fase em que um número crescente de companhias têxteis está a virar as suas atenções para os países africanos, como forma de suprir a sua crescente demanda de algodão, as previsões indicam ser provável que as exportações de Moçambique para a Indonésia venham a atingir cerca de 25 milhões de dólares no corrente ano.
Refira-se que a Indonésia importa anualmente cerca de dois biliões de dólares em algodão de vários países do mundo, o que abre espaço para mais importações de Moçambique. Falando durante a cerimónia, Pangestu disse que Moçambique e Indonésia haviam acordado encontrar formas concretas para estimular o comércio e investimento entre os dois países.
Ao abrigo do acordo, a Indonésia vai importar algodão em bruto de Moçambique que, mais tarde, será reexportado na forma de produto acabado para Moçambique, explicou Pangestu. Para além do comércio de algodão, ambos os países também acordaram encontrar formas de promover o comércio de têxteis e vestuário.
O volume total de comércio entre os dois países atingiu 39,5 milhões de dólares em 2009, mas isso ainda está longe de reflectir o potencial de ambos os países, disse a ministra. Portanto, disse a ministra, é preciso fazer esforços para incrementar o comércio através da eliminação das barreiras existentes.