O Primeiro-Ministro moçambicano, Aires Ali, classifica o Projecto Arco Norte como instrumento fundamental para o ordenamento territorial e criação de oportunidades económicas, nas áreas de negócio, emprego, geração de receitas bem como criar receitas com vista a melhorar a vida das comunidades.
Com efeito, o governo, segundo Ali, está comprometido com o projecto, porque acredita que ajudará a tornar em realidade aquilo que milhares de moçambicanos sonham que é a construção de um futuro cada vez melhor para todos. O governante moçambicano falou na segunda-feira, em Maputo, na abertura da 3ª Reunião Bienal de Apresentação e Discussão do Plano Director de Turismo do Projecto Arco-Norte, cujo objectivo é divulgar uma nova imagem do país no mundo, como local de interesse e seguro para o investimento em África.
José Augusto Tomo, Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional do Turismo, disse que a aprovação e implementação do planodirector, orçado em cerca de 100 milhões de dólares americanos, poderá levar 130 mil turistas por ano a escalar os locais onde se estará a desenvolver as acções preconizadas no documento. O plano-director, segundo Tomo, será implementado em dois locais de cada uma das três províncias da região norte, nomeadamente Lichinga e Metangula no Niassa, Pemba e Ibo em Cabo Delgado e Lumbo e Sancul em Nampula.
O plano permitirá, segundo Tomo, aos investidores interessados em desenvolver projectos turísticos em Moçambique saber onde os mesmos podem ser edificados, a partir de hotéis, lodges, restaurantes, resortes entre outras infra-estruturas. “Estamos a indicar por antecipação, em função das prioridades, os projectos a desenvolver na área do turismo”, disse Tomo, apontando que o plano permitirá atrair os investidores na área do turismo. O Projecto Arco Norte possui elementos específicos que o tornam diferente dos vários projectos que o sector tem vindo a implementar, porque assenta em três pilares principais, social, económico e ambiental, que são muito importantes nos objectivos do programa do governo.
A conservação de recursos naturais, a preservação da herança histórico-cultural e o desenvolvimento económico são também aspectos preconizados no Projecto Arco-Norte. O Primeiro-Ministro reiterou o pedido de apoio da Agência norteamericana para Desenvolvimento Internacional (USAID), financiadora do projecto Arco Norte, para que o país possa criar uma indústria de turismo internacionalmente competitiva, capaz de gerar benefícios reais às comunidades do país. “É do nosso conhecimento que o actual programa de assistência técnica termina em Setembro de 2010, mesmo antes de iniciarmos a implementação do Plano Director; que o actual programa, será provavelmente substituto por um novo, que irá até 2014′, sublinhou Ali.
O Projecto Arco-Norte foi concebido em 2002, com objectivo de apoiar e desenvolver capacidades dos operadores privados moçambicanos no acesso a fundos para investimentos, melhoria de seus estabelecimentos e serviços e engajá-los em novos investimentos, bem como providenciar liderança no desenvolvimento do turismo e crescimento da zona Norte.
A 3ª Reunião de Apresentação do Plano Director contou igualmente com a presença do Ministro do Turismo, Fernando Sumbana, a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, o Director da USAID, Todd Amani, os PCAs do INATUR, José Tomo, do IGEPE, Hipólito Hamela, entre outras individualidades do sector do turismo.