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Bachir “Barão da droga” – Implicações para o investimento estrangeiro em Moçambique

Momad Bachir Suleiman é um empresário influente, tendo integrado a delegação presidencial de Estado moçambicana que recentemente esteve em Portugal a firmar parcerias e novos negócios, grande contribuinte do Partido FRELIMO, benemérito de várias causas, certamente grande contribuinte para o fisco por via dos seus proeminentes negócios. Acima de tudo é um cidadão moçambicano, o que encerra implicações para o país além de danos directos nos negócios, na família e na comunidade de que faz parte.

O Estado moçambicano tem, pois, a responsabilidade de apurar a verdade, junto do seu parceiro americano. Até porque implicações já começam a surgir: uma agência internacional de consultoria em avaliação de risco já declara que subiu o risco de investir em Moçambique. Aconselhando firmas ou investidores sobre relações comerciais ou financeiras com moçambicanos, a World Check adverte no seu website para as sanções decretadas pela OFAC às firmas pertença de “reputado barão da droga” Mohamed Bachir Suleman, que foi anteriormente nomeado como SDNTK: Traficante de Narcóticos Especialmente Designado.

“Se o Departamento de Tesouro está a sancionar empresas moçambicanas, você pode estar seguro de que as agências de execução de lei estão a conduzir investigações activas de actividades ilícitas nesse país”, adverte a firma, aconselhando, pois, ao seus potenciais clientes que “verifiquem a vossa exposição imediatamente”.

A World Check sugere passos de auditoria e verificação de interesses ou ligações em Moçambique, fontes de financiamento de firmas nacionais e afirma que “perante as circunstâncias, você deve considerar elevar o risco para Moçambique nesta altura”.

O aviso desta agência pode perfeitamente passar a denominador comum em várias outras ainda mais reputadas em análise de risco de investimento. O Estado moçambicano deve, portanto, intervir: ajudando a limpar o nome deste seu cidadão, que goza de presunção de inocência; mostrando que o império da Legalidade é supremo em Moçambique, sem impunidades nem cumplicidades. Se o ónus da prova está nos EUA, o ónus da reputação está em Moçambique.

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