Uma companhia mineira sul-africana, denominada Tsoza Refinary, deverá iniciar no segundo semestre do presente ano, 2010, o processo de refinação de ouro em Moçambique, concretamente na província central de Manica.
O projecto está avaliado em cerca de 17 milhões de dólares norte-americanos e terá uma capacidade inicial de processar cerca de 40 quilogramas de ouro, num espaço temporal de duas a três horas, de acordo com Abdul Razak, vice-ministro dos Recursos Minerais, acrescentando que grande parte daquele produto será destinada para exportação.
O empreendimento surge em resposta aos esforços do Governo moçambicano com vista à promoção de unidades nacionais de processamento de recursos nacionais, segundo ainda Razak, realçando que “Moçambique passará a exportar ouro devidamente tratado e com ganhos acrescidos nos impostos e na criação de mais postos de trabalho”, contrariamente ao que acontece em que o produto é levado em bruto para fora do país para o seu processamento.
Aquele governante indicou ainda que com o arranque do projecto serão minimizados actos de comercialização informal do ouro que têm resultado “em grandes perdas monetárias com a saída em bruto de ouro”. Refira-se que, até finais do presente ano, o Ministério dos Recursos Minerais vai distribuir cerca de 64 senhas mineiras a operadores artesanais de Manica “com vista a impedirmos a exploração de minerais por estrangeiros ilegais”.