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Situação da cólera estacionaria no centro e norte

O Ministério da Saúde (MISAU) afirmou, pela primeira vez, que a situação da cólera nas cinco províncias assoladas pela doença registou uma tendência estacionária desde que foi diagnosticado o primeiro caso em Janeiro último.

Leonardo Chavana, Director Nacional Adjunto da Saúde Pública e porta-voz do MISAU, que falava hoje, em Maputo, no habitual briefing à imprensa, apontou, a título de exemplo, o facto de não haver nas últimas 24 horas registo de óbitos nas cinco províncias, embora tenham sido notificados novos casos. A província central da Zambézia registou, nas últimas 24 horas, 12 casos novos da doença, seguida de Cabo Delgado e Nampula (norte do país) com nove e seis casos, respectivamente.

 A província central de Sofala registou cinco casos novos e não teve nenhum caso de morte. Niassa (norte) não teve nenhum caso novo e em todas as províncias afectadas não há registo de óbitos. cumulativos, a província da Zambézia, a mais afectada, lidera a escala com um total de 1188 e 19 óbitos, seguida de Cabo Delgado com 679 casos e sete vítimas. Niassa tem 543 casos e 13 óbitos, Sofala 241 casos e um óbito e Nampula tem 167 casos e apenas um óbito. Embora a situação esteja estacionária, a variação registada nas províncias afectadas, comparativamente com o registo da semana passada, não é muito significante.

A tendência estacionária da doença deve-se, segundo Chavana, ao grande movimento de educação sanitária que envolve os quadros do sector da Saúde, assim como alguns membros do Governo e da sociedade civil que multiplicam as mensagens sobre os cuidados a tomar. “Esta tendência resulta do grande movimento de sensibilização das comunidades afectadas não apenas pelos técnicos de saúde, mas também pelos membros do Governo e a própria sociedade civil que têm estado a multiplicar as mensagens sobre os cuidados a tomar”, explicou Chavana.

O porta-voz disse, por outro lado, que as autoridades sanitárias intensificaram as medidas de tratamento dos doentes, assim como de dejectos humanos, facto que contribuiu para reduzir o ciclo de propagação da doença. Todavia, a fonte disse que levará mais tempo até que as comunidades das zonas afectadas assumam que só com medidas como o tratamento da água, giene pessoal e colectiva, saneamento do meio é que se pode reduzir o alastramento do surto colérico.

Em relação a região sul do país que, nos últimos dias, tem estado sob efeito de chuvas, Chavana disse que a Saúde continua a acompanhar atentamente o quadro situacional, trabalhando na colocação de todos os medicamentos que podem ser necessários no caso de qualquer eventualidade.

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