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Petróleo se estabiliza em Nova York em torno dos US$ 82

Os preços do petróleo fecharam quase estáveis esta quinta-feira, na casa dos 82 dólares, em Nova York, em um mercado que luta por se manter na parte alta da tabela de preços, na qual oscila há várias semanas.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em abril, fechou em 82,11 dólares, em alta de 2 centavos com relação a esta quarta-feira. No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com mesmo vencimento caiu 20 centavos, a 80,28 dólares.

“Os preços se estabilizam depois de uma semana” de alta, destacou Mike Fitzpatrick, da MF Global, fazendo alusão à dificuldade do mercado para superar os níveis atuais. “A recuperação iniciada em 5 de fevereiro deve, ainda, superar novas marcas”, acrescentou o analista, diante da incapacidade do WTI de superar o teto alcançado em 11 de janeiro, apesar de notícias “altistas”, principalmente uma importante redução de estoques de produtos petroleiros nos Estados Unidos, manifestada pelo informe semanal do Departamento de Energia, nesta quarta-feira.

Mas, “os dados publicados (na manhã desta quinta-feira) exerceram certa pressão”, observou John Kilduff, da Round Earth Capital. O déficit comercial dos Estados Unidos caiu em janeiro, segundo números do Departamento do Comércio, graças a um retrocesso das importações, em particular do petróleo. “Se os Estados Unidos estivessem mais ativos, importando mais bens, o déficit seria maior”, disse Kilduff, estimando que isto reflete uma imagem “fraca” das perspectivas econômicas. Além disso, o número de novos desempregados nos Estados Unidos caiu pouco menos que o previsto na semana encerrada em 6 de março.

Outro indicador que sugere prudência é a aceleração da inflação da China, em fevereiro. “A tendência de alta do índice de preços ao consumidor é importante porque é outro sinal de que a economia chinesa poderia estar reaquecendo”, destacou Phil Flynn, da PFG Best Research. “O governo poderia ser obrigado a frear a economia”, afirmou, o que seria negativo para os mercados de matérias-primas.

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