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Moçambique próximo de erradicar tétano neonatal

Moçambique esta em condições de solicitar a sua declaração de país livre do tétano neonatal, mercê dos excelentes níveis de cobertura das campanhas de vacinação que as autoridades sanitárias têm levado a cabo no país inteiro.

Para o efeito, segundo o Ministério da Saúde (MISAU), os resultados concretizados pelo país deverão ainda ser analisados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), entidade com jurisdição para avaliar a informação sobre as campanhas de vacinação e emitir um parecer sobre o conteúdo. Leonardo Chavana, Director Nacional Adjunto da Saúde Pública e porta-voz do Ministério da Saúde (MISAU), disse, na quinta-feira, em Maputo, que o país conseguiu controlar também doenças como pólio e os indicadores mostram que está em condições de erradicar, a médio prazo, as duas doenças.

Chavana fazia uma resenha dos debates da reunião da OMS sub-região da África Austral e Oriental que avalia, em Maputo, as recomendações saídas da reunião de Nairobi, Quénia, em 2008, em relação ao alcance das campanhas de vacinação. Os 19 países reunidos em Maputo constatam, com certa preocupação, a redução das taxas de cobertura das campanhas de vacinação. Porém, Moçambique tem uma tendência diferente e, ao invés de reduzir, a cobertura aumentou.

A redução das taxas de cobertura leva ao crescimento do número de crianças que não completaram a vacinação até aos 12 meses de vida, aspecto que pode propiciar o reaparecimento de doenças, como a forma mais radical da tuberculose, pólio, tétano, sarampo, entre outras. Desta feita, os representantes de países da sub-região discutem, no encontro de três dias, formas de alterar esta tendência no programa alargado de vacinação, sobretudo quando se trata das zonas rurais, com sérias dificuldades de acesso. Chavana disse, por exemplo, que em 2008/09 a taxa de cobertura da vacinação no país atingiu os 91 por cento, indicador considerado bem positivo.

Em 2005, quando o país realizou a campanha de vacinação contra o sarampo, o número de casos da doença era superior aos 3000, e na campanha feita em 2008 reduziu-se ainda mais, para em 2009 baixar para 60 casos. Assim, as autoridades sanitárias planeiam levar, nos próximos dois anos, novas campanhas de vacinação que permitirão reduzir ainda mais a prevalência destas doenças.

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