O ministro indiano das Relações Exteriores, S.M. Krishna, declarou esta sexta-feira que houve “até nove” vítimas indianas, entre elas funcionários diplomáticos, mortos no atentado coordenado por terroristas suicidas talibãs, que tinham como alvo hotéis ocupados por estrangeiros em pleno centro de Cabul.
“A Índia condena com firmeza o ataque, o terceiro contra funcionários e interesses indianos no Afeganistão nos últimos 20 meses”, acrescentou, fazendo referência a dois atentados precedentes com carro-bomba contra sua embaixada em Cabul. Dois diplomatas e dois membros da segurança de nacionalidade indiana haviam sido mortos nesse ataque, em julho de 2008, que fez 60 mortos.
Uma outra explosão visando a representação diplomática indiana em outubro passado na capital afegã matou 12 pessoas, sem fazer vítimas indianas. A Índia é fortemente comprometida no Afeganistão em diveros programas de ajuda e de reconstrução, desbloqueando mais de um bilhão de dólares desde a queda do regime talibã, em novembro de 2001.
“Esses ataques bárbaros são motivo de grave preocupação e visam, claramente, o povo indiano e o povo afegão”, informou o ministro das Relações Exteriores. Segundo um número precedente, pelo menos 16 pessoas, sendo quatro indianos, um francês, um italiano, além de policiais e civis afegãos, foram mortos nesta sexta-feira no ataque.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, disse nesta sexta-feira que seu compatriota morto era “conselheiro diplomático” de Silvio Berlusconi. “Ele trabalhava na embaixada da Itália no Afeganistão”, acrescentou.
De acordo com o chefe da polícia de Cabul, general Abdul Rahman Rahman, esse italiano deu informações para os policiais por telefone sobre a posição dos terroristas quando foi morto por um deles. “Foi um homem corajoso e nos passou preciosas informações graças às quais a Polícia conseguiu evacuar sãos e salvos quatro outros italianos”, explicou.