Por cerca de 10% de 20,5 milhões de moçambicanos serem portadores de deficiência, o Banco Mundial (BIRD) clama pelo seu maior envolvimento em acções de redução da taxa de indigência, no país, neste momento estimada em cerca de 45%, contra 54% de 2003.
“Deve-se incluir nestes planos estratégicos da redução da pobreza absoluta as pessoas com deficiência e capacitá-las para melhor lidarem com a situação”, apelou Luís Pereira, director daquela instituição financeira internacional, em Moçambique, frisando que os deficientes devem ser incluídos em todos os programas de erradicação dos níveis da pobreza.
Em resposta ao desafio, a ministra da Mulher e Acção Social (MMAS), Iolanda Cintura, disse que o seu Executivo estava a fazer os possíveis para “incluirmos aquela camada social em todos os programas de erradicação da indigência”.
Cintura e Pereira falavam esta segunda-feira em Maputo, durante um encontro de capacitação sobre planos estratégicos inclusivos de redução da pobreza que decorre, na capital do país, até sexta-feira. Dados, entretanto, divulgados naquele encontro indicam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 500 milhões de pessoas do mundo sofrem de deficiência, das quais 80% vivem em países em vias de desenvolvimento.