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Os tropeços do Mossad em operações no exterior

O Mossad, serviço secreto israelense, suspeito do assassinato em Dubai de um líder do movimento islâmico palestino Hamas, tem em sua história vários tropeços em operações no exterior.

A seguir alguns exemplos desde 1973:

– Noruega, julho de 1973: após a morte de 11 atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, Israel tenta assassinar todos os chefes do movimento palestino Setembro Negro, responsável pelo atentado. Em julho de 1973, agentes do Mossad matam por engano Ahmed Bushuki, um garçom de origem marroquina na cidade norueguesa de Lillehammer, ao confundi-lo com Hasan Salameh.

O líder de Setembro Negro foi assassinado posteriormente em Beirute por agentes israelenses. Dez agentes de Israel conseguem fugir da Noruega. Outros três são condenados em 1974 por um tribunal de Oslo a cinco anos e meio de prisão. São libertados 22 meses depois.

– Chipre, abril de 1991: um policial do Chipre prende quatro agentes do Mossad que queriam colocar escutas na embaixada do Irã em Nicósia. Chipre e Israel solucionam a questão em duas semanas e os agentes são condenados apenas a uma multa.

– Jordânia, setembro de 1997: dois agentes israelenses são descobertos na Jordânia quando tentavam assassinar o chefe do braço político do Hamas, Khaled Mechaal, aplicando veneno. Khaled, que estava em coma, é salvo pela intervenção do rei Hussein da Jordânia, que exigiu que Israel entregasse um antídoto ameaçando romper as relações diplomáticas com o país. Para obter a libertação de seus agentes, Israel também precisou libertar o guia espiritual do Hamas, o xeque Ahmed Yasin.

– Suíça, 19 de fevereiro de 1998: a polícia surpreende cinco espiões do Mossad que instalavam um sistema de escutas telefônicas no sótão da casa de um homem de origem libanesa perto de Berna. Quatro deles ficaram em liberdade após enganarem os policiais. O outro foi preso e colocado em liberdade em abril de 1998. Em julho de 2000, foi condendo a 12 meses de prisão em Lausanne com suspensão de pena.

– Chipre, 7 de novembro de 1998: dois israelenses, Udi Hargov, de 27 anos, e Igal Damari, de 49 anos, são presos no Chipre, na região costeira de Zigi, por espionarem as Forças Armadas greco-cipriotas. A polícia do Chipre encontra em seu apartamento material que inclui mapas topográficos e um computador equipado para transmitir mensagens cifradas. São libertados em agosto de 1999.

– Nova Zelândia, 23 de março de 2004: Uriel Zoshe Kelman e Eli Cara são presos pela polícia, que os seguiu até o lugar onde deveriam retirar um passaporte para o qual foram apresentados documentos falsos. Condenados a seis meses de prisão, são colocados em liberdade em setembro de 2004. A partir deste caso, a Nova Zelândia suspendeu seus contatos mais próximos com Israel.

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