O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, recebeu, na quarta-feira, em Maputo, cartas credenciais de novos Embaixadores dos Estados Unidos da América (EUA), Palestina, Ruanda e Trinidad e Tobago. Trata-se de Leslie Rowe (Estados Unidos da América), em substituição de Helen Lalime que cessou as funções em Junho de 2006, Fayez Abdul Jawad (Palestina), Ignatius Karegesa (Ruanda) e Winston Mahabir (Trinidad e Tobago).
Moçambique e estes países tem excelentes relações de cooperação e, segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, a presença de seus representante no país dará maior impulso a essa cooperação. Falando no final da cerimónia, havida na Presidência da República, Baloi disse que o nível de relacionamento e cooperação com os Estados Unidos é muito profícuo a avaliar pelo cometimento daquele país na busca de soluções para alguns problemas que ainda afectam o desenvolvimento do país.
Os EUA, através da Agência norteamericana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), apoiam Moçambique em vários domínios visando garantir o crescimento sustentável, bastando, para o efeito, apontar a implementação de programas nas áreas da saúde, boa governação, desenvolvimento rural entre outras.
A Palestina, país do Médio Oriente, está em intensa luta pela reconquista dos seus territórios, uma luta muito difícil e complexa, mas que conta com um forte apoio e solidariedade de Moçambique e seu povo. “O embaixador palestino agradeceu a consistência de Moçambique no apoio a sua luta e a inteira disponibilidade para colaborar naquilo que for necessário”, disse Balói.
Em relação ao Ruanda, as relações políticas com Moçambique são boas e a cooperação, embora tenha um potencial muito significativo, está muito aquém do desejável. “Áreas de comércio, turismo, agricultura, ciência e tecnologia são de possível cooperação. A presença de um novo embaixador constitui sempre uma tentativa de relançamento das relações”, disse Balói, frisando que “estamos em crer, pela conversa que mantivemos com o embaixador, que as coisas irão mudar para melhor”.
No que toca a recente reivindicação do Ruanda, segundo a qual Moçambique está a albergar suspeitos de envolvimento no genocídio de 1994, em que hutus chacinaram tutsis e, em cerca de 100 dias, pouco mais de 800 mil pessoas morreram, Balói disse haver negociações. Segundo o Ministro, depois da visita àquele país dos Grandes Lagos da Ministra moçambicana da Justiça, Benvinda Levy, o saldo foi positivo, porque as autoridades de Kigali acolheram o gesto do Presidente Guebuza de procurar explicar e desdramatizar o problema ao nível mais alto.
Contudo, em relação a identificação dos prováveis suspeitos de envolvimento no genocídio que se acredita estarem no solo moçambicano, Balói disse haver uma sequência de aspectos relevantes que têm de ser seguidos. O estadista moçambicano recebeu as cartas credencias do primeiro embaixador do Trinidad e Tobago no país, gesto que espelha a preocupação de Moçambique em continuar a conquistar mais amigos, no quadro da sua política externa.
Trinidad e Tobago tem um rítmo de crescimento e estágio de desenvolvimento muito estimulantes para Moçambique e este país das Caraíbas continua a crescer e apesar das adversidades mantém a aposta em áreas muito caras para Moçambique, como é o caso das infra-estruturas, educação, entre outras. No contexto da cooperação, as áreas da educação e energia merecerão especial ênfase. Aquele país que acolheu, em Novembro último, as festividades do seu 45° aniversário, vai conceder bolsas de estudo para Moçambique para a formação na segunda área que é a energia.
Trinidad e Tobago têm uma vasta experiência na área da petroquímica. Tem inclusive tecnologias conhecidas mundialmente e um bom aproveitamento dos recursos energéticos.