O ano que iniciou a 26 dias considera-se bastante promissor. Primeiro tendo em conta a velha lenda segundo a qual os anos pares são sempre melhores que os ímpares. O outro indicador que concorre para essa crença é o facto de o seu começo coincidir com a constituição do novo governo saído das eleições de Outubro do ano passado.
Aliás, o novo Governador nomeado para a Província de Sofala, Maurício Vieira, que substitui no cargo Alberto Vaquina, ora nomeado para assumir as mesmas funções na Província de Tete, foi apresentado publicamente ontem de manhã, numa cerimónia tida lugar na Cidade da Beira. Ao novo Governador desejamos boas vindas, e ao cessante, com quem O Autarca teve o privilégio de beneficiar de uma excelente colaboração, transmitimos o nosso muito obrigado e votos de bastante sucesso em Tete, onde acreditamos que a semelhança de Sofala, sua primeira experiência como Governador Provincial, também vai se sair muito bem.
Retomando o facto de o início deste ano coincidir com a constituição do novo Governo, o que de certa forma será bastante benéfico para 2010, referir que, normalmente, as máquinas governativas no início tudo fazem para o seu desempenho ter índices apreciáveis, em parte influenciado pelo ambiente de euforia que tem caracterizado os nomeados, momento crucial para conquistar admiração e simpatia dos governados e dos respectivos superiores hierárquicos.
Ainda nessa esteira de governação versus política e democracia moçambicana, há a saudar o diálogo aberto tido lugar sexta-feira última em Maputo, entre o Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, e o líder do MDM, Daviz Simango, os quais ainda tiveram a oportunidade histórica de almoçar em privado junto as respectivas esposas. Pena que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que havia sido convidado para a sessão ter gazetado. Mas, nem por isso que a extraordinária iniciativa do Chefe de Estado logo no início desse seu segundo mandato fica desmerecida.
O próprio líder da Renamo é que provou fraca cultura democrática e de Estado, apesar de alguns círculos de opinião continuarem a defende-lo, considerando ter sido coerente pelo simples facto de negar a legitimidade de Armando Guebuza como Chefe de Estado saído das eleições de Outubro último. Mas 2010 não somente promete por causa desses marcos políticos, muito menos por causa da citada velha lenda que atribui sucesso aos anos pares. Olhando para o ambiente universal, nota-se que a recessão económica mundial que abalou profundamente sobretudo o ano passado está superar-se, transmitindo confiança de que a crise financeira em 2010 será relativamente inferior a registada em 2009.
Por se referir a atmosfera mundial, impomo-nos a prestar homenagem e solidariedade ao povo do Haiti pela mega catástrofe do passado dia 12, que provocou a morte de cerca de 150 mil pessoas e tantos milhões ficaram sem abrigo e as suas vidas mais difíceis do que nunca. Costuma- se dizer que o bem e o mal geralmente andam juntos, para justificar que nem por isso 2010 deixará de ser ano bom. Portanto, é dessa forma que retomamos as nossas edições, interrompidas a 21 de Dezembro de 2009 para cumprir férias colectivas. Essa tem sido uma prática que temos adoptado já passam alguns anos, e tem permitido sempre retomarmos rejuvenescidos e mais firmes no cumprimento da nossa missão.
Asseguramos prosseguir a nossa mesma cultura de trabalho, assente na promoção de um jornalismo isento e imparcial e acima de tudo responsável, sempre orientado para promover as melhores práticas. E, como sempre, renovamos os nossos sinceros agradecimentos à todas instituições nacionais e estrangeiras e singulares que mantém fiéis ao nosso produto. À vocês todos recebam o nosso muito obrigado, e votos de um feliz ano novo.