Cerca de 70% das áreas rurais das províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Inhambane e Maputo e áreas ínfimas de Tete e Gaza continuam minadas, na sequência de 28 anos sucessivos de guerras travadas em território moçambicano que terminaram em 1992.
Fonte governamental moçambicana referiu que 18 anos após o alcance da paz, “o país ainda apresenta áreas territoriais com acumulação de engenhos de guerra que constituem um perigo para a segurança humana e inibem a expansão das actividades económicas”.
De acordo com o Conselho de Ministros no seu documento sobre o Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II), a extensão das zonas ainda minadas é estimada em cerca de 15 quilómetros quadrados de campo minado do distrito de Cabora Bassa, província central de Tete, e ainda áreas envolventes às torres de alta tensão da companhia HCB que se estendem entre a província de Maputo, em Moçambique, e Komatiport, na África do Sul, e ainda ao longo da linha férrea do Corredor de Desenvolvimento do Limpopo, em Gaza.
O Conselho de Ministros considera que a desminagem é “estrategicamente crucial” por ter um impacto directo nas áreas prioritárias e noutras, uma vez que com a existência de minas não é possível a implementação de programas de abertura de escolas, postos de saúde, estradas e vias de acesso, linhas de transporte de energia eléctrica e/ou infra-estruturas da rede comercial, turística e industrial.