Uma fábrica de borracha poderá ser montada em Moçambique pelo Japão, ao abrigo de um pedido nesse sentido formulado ao Governo moçambicano para concessão de uma área total de 30 mil hectares de terra para o efeito.
Parte da mesma área irá ser ocupada para produção de arroz e castanha de caju, segundo Mandrate Oreste, director nacional adjunto de Terra e Florestas, falando esta quinta-feira em exclusivo ao Correio da manhã.
Oreste não indicou a localização da área, mas aventou a possibilidade de grande parte da mesma vir a situarse na província central da Zambézia, “onde o Japão mostrou-se muito interessado em produzir arroz e castanha de caju”. As negociações com o Governo para a concretização do desiderato “estão numa fase bastante avançada, podendo culminar com a concessão da área, mas talvez não apenas em Mocuba e Nicoadala, na Zambézia, por ser maior a área solicitada”, explicou Oreste.
Para além disso, Oreste disse que as terras daquelas duas regiões não garantem uma produção de arroz permanente, “por não serem terras contínuas e nem sempre húmidas para uma maior produtividade”. Refira-se que o pedido do Japão surge depois de o Governo moçambicano ter atribuído cerca de 126 mil hectares de terra a Lúrio Green Resources, uma companhia de capitais noruegueses que pretende plantar eucaliptos para produção de papel e processamento de polpa, na província nortenha de Nampula.