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20º Dia da Greve dos Profissionais de saúde: Presidente Guebuza visitou HCM

O Presidente da República, Armando Guebuza, renovou o seu apelo aos Profissionais de Saúde moçambicanos que estão em greve há 20 dias a reconsiderarem a sua posição e regressarem ao trabalho, pois a vida humana não tem preço. O estadista moçambicano reiterou o apelo no final da visita que efectuou na manhã deste sábado ao Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país, onde foi transmitir a sua solidariedade e admiração pelo “heroísmo” dos que deixaram tudo de lado e continuaram a atender aos doentes.

Guebuza, que durante cerca de uma hora visitou os serviços de pediatria, ortopedia bem como as diversas unidades dos serviços de urgências, conferenciou com os doentes e transmitiu um gesto de encorajamento ao pessoal de serviço (jovens e mais velhos) que estava a cuidar dos enfermos internados.

“Estamos a visitar o hospital, porque sabemos que nos últimos dias tem havido aquilo que tomou o nome de greve de alguns trabalhadores”, disse o presidente.

Porém, visitando o hospital e tendo em conta as informações anteriores e algumas veiculadas pela própria imprensa, ele disse ter constatado que existem muitos trabalhadores desde os próprios médicos, enfermeiros, serventes, administrativos e outros técnicos que, de facto, se preocupam com os doentes.

Esses quadros do sector, segundo Guebuza, têm em conta que os doentes são seus familiares, são seus compatriotas, são seres humanos e, por conseguinte, mesmo cansados devem tudo fazer no sentido de garantir que eles possam assegurar a saúde. Alguns dos quadros, segundo o presidente, aparentemente com uma formação abaixo da responsabilidade que estão a ter agora, mas têm tanta dedicação que supera, sobretudo tendo em conta que há outros que não o fazem.

Desta feita, o Chefe de Estado disse que aos que não estão a dar tanta importância a vida humana, mesmo a vida dos seus compatriotas deviam reconsiderar e voltar ao trabalho, porque ela “não tem preço e não é o dinheiro que conta, porque a vida é sagrada, daí que deviam voltar ao trabalho”.

“Fala-se de diálogo, mas o diálogo não é receber ordens muito menos dar ordens aos chefes. O diálogo é apresentar as questões que tem de maneira ordeira e procurar consensos, mas sem prejudicar o povo, que deve merecer toda a atenção necessária e não ser prejudicado por interesses individuais”, disse Guebuza.

O presidente disse, por outro lado, haver muita gente que reclama dinheiro, mas quando se quer mais dinheiro há que ter em conta que ele é produzido e essa produção é feita através do trabalho. “Não é uma pessoa ou uma profissão apenas que produz esse dinheiro, mas o conjunto de todas as profissões incluindo aquelas que estão a investir, neste caso, as escolas que estão a formar pessoas para amanhã poderem também servir”, disse Guebuza.

O dinheiro que deve ser distribuído é, segundo o presidente, aquele que há, mas isso não deve prejudicar o investimento no futuro, escolas, saúde, a limpeza, pois são mais de 22 milhões de moçambicanos que estão a espera da mesma atenção e ao agir há que ter isso em conta.

Ainda na ocasião, Guebuza disse que os trabalhadores de saúde que aguentaram, resistiram e venceram as dificuldades são uma referência para o país e devem continuar a ser.

A greve convocada pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e envolve outros profissionais de saúde completa 20 dias e na ronda negocial havida sexta-feira houve um novo impasse, não se vislumbrando o seu desfecho.

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