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2009 registra recorde de 212 milhões de desempregados

O desemprego mundial, agravado pela crise, disparou em 2009 e registrou 6,6%, o que significa que 212 milhões de pessoas, uma cifra recorde, não tinham um emprego, afirmou esta quarta-feira a Organização Internacional do Trabalho (OIT). “O número de desempregados no mundo alcançou 212 milhões em 2009 devido a uma alta sem precedentes de 34 milhões em relação a 2007, quando teve início a crise”, informou a OIT através da Agência Internacional do Trabalho em seu informe anual sobre Tendências Mundiais do Emprego.

Entre 2007 e 2009, o índice de desemprego progrediu 0,9 ponto percentual. Frente a uma situação econômica ainda frágil, a OIT pediu aos países que tomem medidas que favoreçam a criação de empregos. O relatório do organismo da ONU destaca as grandes diferenças entre a situação de cada região. Enquanto no leste da Ásia o desemprego ficou em 4,4% no final de 2009, chegava a “mais de 10% na Europa Central e do Sudeste (fora da UE)”, assim como na Comunidade de Estados Independentes (composta por 10 das 15 ex-repúblicas soviéticas) e o Norte da África.

A União Europeia e as demais economias desenvolvidas também sofreram com a crise. “Embora representem menos de 16% da mão de obra mundial”, estes países contribuíram “em mais de 40% para a alta do desemprego mundial desde 2007”, registrando taxas de 8,4%em 2009, contra 6% en 2008 y 5,7% en 2007.

A crise deixou “quase 12 milhões” de novos desempregados em 2009, indica o relatório, que aponta o setor industrial como um dos mais prejudicados. Os jovens também pagaram um preço alto durante a crise, com um índice de desemprego de 13,4%. Segundo a OIT, pelo menos 10,2 milhões de jovens engrossaram as filas de desempregados entre 2007 e 2009: “a mais forte alta registrada desde 1991”.

O organismo prevê, no entanto, uma melhora global em 2010, levando em conta as estimativas de crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar disso, o desemprego mundial “continuará elevado” em 2010, com grandes variações geográficas. Nos países industrializados e na UE, o número de desempregados pode aumentar em 3 milhões de pessoas até estabilizar-se em 8,9% da população.

Nas outras regiões do mundo, pode cair ligeiramente. O relatório reconhece que os planos de resgate lançados por alguns governos ajudaram a amenizar o impacto da crise do mercado de trabalho. “Está claro que a prioridade política atual é evitar uma reativação econômica sem empregos”, advertiu o diretor-geral da Agência, Juan Somavia, citado em um comunicado. “A mesma vontade política que salvou os bancos deve ser aplicada para salvar e criar empregos. Podemos obter isso graças a uma forte convergência das políticas públicas e do investimento privado”, insistiu.

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