Perto de duas mil empresas moçambicanas de construção civil decretaram falência entre 2010 e 2012 por causa de problemas financeiros e falta de capacidade para competitir com firmas estrangeiras do ramo activas em Moçambique, segundo Agostinho Vuma, presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME).
No aludido período, o Go verno registou 2800 empresas de construção civil, sendo que até ao momento somente perto de 400 renovaram os seus alvarás junto do Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH), esclareceu Vuma, acrescentando que o peso das firmas do ramo no Produto Interno Bruto (PIB) baixou para cerca de 0,5%, contra 8% da média de há 10 anos.
Para Vuma “é incompreensível o baixo peso da construção civil nacional no PIB, enquanto o país experimenta grandes obras de vulto, na sua maioria executadas por empresas estrangeiras”.
Vuma apelou ao Executivo moçambicano para inverter o cenário através de soluções viáveis para que as firmas encerradas voltem a produzir.
Num outro desenvolvimento, o presidente da FME sugeriu ao Governo a efectivação do cadastro obrigatório de todas as empresas moçambicanas activas ou inscritas no ramo de construção civil para o controlo efectivo das que funcionam e das que estão paralisadas.
Sugeriu ainda a sub-contratação das mesmas pelas congéneres estrangeiras que têm ganho muitos concursos públicos.