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1º de Maio: Mais de trinta mil trabalhadores no desfile

Mais de trinta mil trabalhadores, sob a liderança da Organização dos Trabalhadores de Moçambique Central Sindical (OTM-CS), empunhando dísticos reivindicando Justiça Social e Laboral, desfilaram em Maputo, marcando desta forma a passagem de mais um 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.

José Titos Zunguza, secretário para a área da organização na OTM-CS, disse em entrevista a AIM, que para o desfile do corrente ano foram inscritos cerca de 30 mil trabalhadores pertencentes a 500 empresas da cidade de Maputo e 700 da província do mesmo nome. Contudo, avaliando pela aderência, o número de participantes superou de longe as suas expectativas.

O facto, segundo Zunguza, deve-se a tomada de consciência dos trabalhadores sobre a importância do movimento sindical na exigência dos direitos da classe trabalhadora. Por isso, um elevado número aderiu ao desfile a última hora, engrossando desta forma a cifra que havia sido prevista na altura dos preparativos. Para sustentar a sua posição, Zunguza disse que a organização de que faz parte regista actualmente uma tendência crescente, no tocante a tomada de consciência dos trabalhadores sobre o valor do sindicalismo. Aliás, nos últimos tempos, vários trabalhadores têm vindo a solicitar a criação de sindicatos nos seus respectivos locais de trabalho.

No entender de José Titos Zunguza, a qualidade de organização das festividades do 1º de Maio tem vindo a melhorar ano após ano, razão pela qual um maior número de empresas, sem representação sindical, tem vindo a pedir seu enquadramento no programa das festividades. O movimento sindical, segundo Zunguza, tem como desafios intensificar a mobilização e sensibilização dos trabalhadores para valorizarem ainda mais o 1º de Maio, pois é nesta data que eles têm a oportunidade de, em conjunto, exporem as suas inquietações e reivindicar seus direitos.

Convidado a fazer uma avaliação das negociações dos salários mínimos por sector, exercício que já vai no seu segundo ano de aplicação, Zunguza considera positiva destacando que o processo trouxe uma mais valia na luta pelos direitos dos trabalhadores. Esta iniciativa permitiu a melhoria das condições de vida de muitos trabalhadores, não obstante o elevado custo de vida no país.

A fonte considera a crise económica mundial, como sendo mais “desgraça” que vai afectar os trabalhadores, sobretudo pelo facto de Moçambique depender do apoio externo. Assim, Zunguza diz ser de vital importância a busca de melhores formas para conjugar esforços e mitigar os efeitos da crise financeira.

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