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18% dos camponeses moçambicanos abandonarão zonas rurais até 2025

Cerca de 18% da população camponesa moçambicana poderão abandonar as áreas rurais e rumar para as cidades e vilas, até 2025, à procura de melhores condições de vida, segundo projecções do Governo contidas na sua Estratégia de Desenvolvimento Rural em execução até 2014.

Nessa altura, a população rural moçambicana estará estimada em cerca de 44% e a urbana em 56%, contra 62% de moçambicanos que, em 2005, viviam nas áreas rurais e 38% nas áreas urbanas, segundo o mesmo documento que aponta o Norte e o Sul de Moçambique como regiões onde haverá maior taxa de êxodos de habitantes a viverem no campo para áreas urbanas.

2025

Enquanto no Centro do país haverá estabilidade em termos de migrações internas, no Sul e Norte do país o cenário terá tendência de aumentar o êxodo do campo para as cidades, passando a percentagem de 37%%, em 2005, para 33%, em 2025, nas províncias de Niassa, Nampula e Cabo Delgado, mostrando a mesma trajectória no Sul, cuja taxa de habitantes passará de 21%, em 2005, para 25%, em 2025, e mantendo-se nos 42% no Centro de Moçambique, entre aqueles dois períodos analisados. Entretanto, em 2025, a população moçambicana passará a ser de 28,5 milhões de habitantes, contra 20,2 milhões de pessoas inscritas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) durante o Terceiro Recenseamento Geral da População e Habitação de 2007.

Refira-se, entretanto, que aquela instituição estatal está a programar para este ano (2010) a realização de projecções da população moçambicana até 2030 seguindo pressupostos da evolução futura das componentes demográficas, ou seja, mortalidade, fecundidade e migrações, bem como aspectos relacionados com o desenvolvimento nacional. O trabalho conta com a assessoria técnica de Eduardo Arriaga, especialista em Demografia e reformado do Bureau de Censos dos Estados Unidos da América (EUA), que se encontra em Moçambique com o propósito de ajudar o país a realizar as referidas projecções.

Arriaga já participou, em Maputo, num encontro de análise de pressupostos da evolução futura das componentes demográficas, com técnicos do INE e representantes do Centro de Promoção de Invesimento (CPI), dos Ministérios da Administração Estatal, Trabalho, Mulher e Acção Social, Planificação e Desenvolvimento e da Saúde, bem como representantes da Universidade Eduardo Mondlane, Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e Fundo das Nações Unidas para Actividades Populacionais (FNUAP).

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