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Xiconhoquices da semana: Revista “Moçambique”; Deliberação da Comissão de Ética; Parcerias Público Privadas

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Revista “Moçambique”

A cada dia que passa o Governo da Frelimo tem vindo a apostar nos meios de propaganda. Como se não bastasse os nossos impostos que são usados para financiar a Rádio Moçambique, Televisão de Moçambique, entre outros meios de comunicação que são frequentemente usados pelo partido Frelimo, agora os moçambicanos são obrigados a sustentar mais uma revista de propaganda lançada pelo Gabinete de Informação (GABINFO). Segundo o GABINFO, com a criação da revista, o Governo pretende estabelecer maior interacção entre o sector público e a sociedade moçambicana. Isso diga-se em abono da verdade que não passa de conversa fiada, pois é de conhecimento de todos que a revista é mais um instrumento do regime da Frelimo para fazer crer aos moçambicanos de que tem estado a trabalhar para o desenvolvimento de todos.

Deliberação da Comissão de Ética

A Comissão Central de ética Pública mostrou, sem sombras de dúvidas, ser um organismo inútil. A comissão levou tanto tempo para chegar a uma conclusão óbvia segundo a qual o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, agiu como jogador e árbitro, ao dirigir o processo de selecção do comprador da instituição bancária “Moza” e, ao mesmo tempo, ao ter decidido adjudicar ao Fundo de pensões do Banco de Moçambique, uma instituição de que ele próprio é o dirigente. Esta é uma situação que estava claro aos olhos dos cidadãos, até os mais leigos na matéria. Portanto, é estranho que um organismo que deve velar pela ética pública tenha estado distraída do processo e só venha agora afirmar que houve problemas de questões éticas e legalidade. Que Xiconhoquice!

Parcerias Público Privadas

Não há dúvida que todos os tipos de iniciativas que são levadas a cabo têm como objectivo enriquecer um punhado de gente ligado ao partido no poder. As parcerias público privadas é exemplo disso. Em 2016, só para se ter uma ideia, as 15 parcerias que o Estado moçambicano tem com privados voltaram a não gerar dividendos para o erário. Esta situação dá-se pelo segundo ano consecutivo, com excepção da Mozambique Community Network (MCNET). Como se isso não bastasse, grande parte destas Parcerias, em que privados gerem serviços e empreendimentos públicos supostamente com mais eficiência e qualidade que o Estado, não pagou taxas de concessão e nem mesmo o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Quanta Xiconhoquice!

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