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Xiconhoquices da semana: Novos distritos para Gaza; Delegação moçambicana aos Jogos Olímpicos; Casamentos prematuros

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Novos distritos para Gaza

Numa altura em que o futuro se mostra incerto para os moçambicanos, devido à irresponsabilidade de meia dúzia de indivíduos, o Governo da Frelimo, no cúmulo da sua insensatez, decidiu tornar dispendiosa o Aparelho do Estado, através da criação de novos distritos da província de Gaza. Aprovada pela Assembleia da República, sobretudo os deputados da bancada parlamentar da Frelimo, o Executivo de Nyusi sustenta a proposta da criação dos três que há necessidade de ajustar a organização territorial à actual dinâmica de desenvolvimento económico, social, político e cultural. Na verdade, não passa de uma fundamentação (leia-se desculpa) esfarrapada, sem nenhuma réstia de lucidez e tampouco sensatez. Esta é apenas mais uma manobra do Governo da Frelimo para acomodar interesses pessoais, nomeadamente empregar os seus parentes e amigos. A criação desses distritos não trará nenhum benefício aos moçambicanos, senão aumentar aquilo que são as despesas do Estado.

Delegação moçambicana aos Jogos Olímpicos

O povo moçambicano precisa de ser estudado, sobretudo a corja de indivíduos que dirige o destino deste país. É com cada estupidez que nos é brindado todos os santos dias. A mais recente estupidez é a presença de Moçambique nos Jogos Olímpicos a serem realizados no Rio de Janeiro, no Brasil, no próximo mês de Agosto. Aos Jogos, a delegação moçambicana parte no dia 24 deste mês e será composta por 15 elementos, entre os quais seis atletas, de modalidades de atletismo, canoagem, judo e natação. Os outros 9 pertencem ao pessoal de apoio. Para isso, o Estado moçambicano terá de gastar 11 milhões de meticais. Existe maior estupidez do que está? Para quê os atletas precisam de tantos acompanhantes? Ao menos que fossem apenas atletas. O Estado não pode financiar o passeio turístico de 9 indivíduos dispensáveis nas provas em que os atletas irão participar. Quanta Xiconhoquice!

Casamentos prematuros

O Estado moçambicano continua a fazer vista grossa perante uma questão que tem vindo a ganhar proporções preocupantes nos últimos tempos: o casamento prematuro. A cada dia que passa, os casos de casamentos prematuros tendem a aumentar de forma significativa, porém, o Estado preferi fingir que o problema não lhe diz respeito. Quase todos os dias há relatos de crianças e adolescentes que foram obrigadas a casar-se muito cedo. A título de exemplo, em Ribáuè, na província de Nampula, Rosinha, com apenas 11 anos de idade, foi forçada a casar com um homem que tinha o dobro da sua idade. Este não é um caso isolado, centenas de crianças ou adolescentes de sexo feminino têm sido forçadas a casar-se, sobretudo na região norte do país, assim que a rapariga tem o seu primeiro ciclo menstrual. O problema parece não preocupar as autoridades competentes, talvez por não se tratarem das suas filhas ou sobrinhas.

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