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Xiconhoquices da semana: Linhas Aéreas de Moçambique; Campanha anti-Samora; Assalto à base da Renamo

Xiconhoquices da semana: Funcionários públicos obrigados a participar na campanha eleitoral; Falta..

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Linhas Aéreas de Moçambique

Fazendo jus à realidade “orgulhosamente sozinha no mercado”, as Linhas Aéreas de Moçambique decidiram meter a mão no bolso dos moçambicanos. Ou seja, a nossa companhia de bandeira – se é que podemos considerar nossa – está a aproveitar-se da situação de instabilidade política que se vive na zona centro país para praticar preços exorbitantes. A título de exemplo, os bilhetes de Maputo para Quelimane que custavam entre 4.300 meticais e 6.200 meticais, presentemente custam entre 8.500 meticais e 11.200 meticais. A mesma situação verifica-se na rota Nampula/ Maputo, na qual, antes dos ataques armados nos distritos de Gorongosa e Marínguè, o preço do bilhete variava entre 5.700 meticais e 7.200 meticais, agora chega a custar entre 9 mil e 13.750 meticais.

Sem dúvidas, trata-se de uma atitude vil, vergonhosa, repugnante e oportunista. São situações desta natureza que retardam o desenvolvimento socioeconómico do nosso país. A ânsia e a insensibilidade provocadas pelo lucro estão a cegar os gestores daquele único meio de transporte que pode garantir a ligação entre a zona sul ao norte do país neste momento em que a situação não é das melhores. Uma companhia com esse comportamento não devia merecer a confiança dos moçambicanos. Não nos espanta o facto de a mesma frequentemente constar na lista negra da União Europeia. Quanta Xiconhoquice!

Campanha anti-Samora

O endeusamento da figura do Presidente da República, Armando Guebuza, já começa a roçar o ridículo. Depois de sucessivas e massificadas campanhas de idolatria ao Chefe de Estado, agora lançou-se uma campanha há algum tempo contra o primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Machel, e os seus aliados não negros. Encabeçada pelo general na reserva, Silvestre Nungo, a acção indecorosa visa desacreditar Samora e os ideais progressistas e revolucionários que a Frelimo um dia teve. Samora Machel é uma figura incontornável na história deste país. Tentar desacreditá-lo é, na verdade, um exercício doentio de indivíduos desprovidos de neurónios. É tentar apagar a história de um povo e de uma nação.

Ao invés de se prestar a tamanha Xiconhoquice, o cidadão Silvestre Nungo devia ocupar-se e cuidar, ao jeito do que fazem todos os indivíduos na terceira idade, dos seus netos e também encontrar, nas últimas páginas dos jornais, as palavras cruzadas, enquanto aguarda o passar do tempo. Infelizmente, os órgãos de informação oficiosos dão muita visibilidade a essas meticulosas análises estupidificantes e aos seus respectivos analistas, ao invés de trazer o dia-a-dia, as inquietações, as dificuldades, as conquistas dos homens, das mulheres espalhados por este país que dia e noite enfrentam duros combates para sobreviverem.

Assalto à base da Renamo

Quem fala de paz não demonstra violência. Mas os factos têm mostrado o contrário. O Governo de turno canta, de dia e de noite, a necessidade de se manter a paz no país, porém, é o primeiro a usar a violência contra os moçambicanos. Não se sabe com que intenção é que o Presidente da República, o Comandante-em-Chefe, ordenou aos soldados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e agentes das Força de Intervenção Rápida (FIR) que tomassem de assalto a base da Renamo, local onde se encontrava a residir há um ano o chefe daquela segunda maior força política de Moçambique.

O líder da Renamo e os seus homens abandonaram o local e refugiaram-se na mata, abrindo precedentes para uma instabilidade política. Os militares governamentais tomaram o controlo da área e destruíram as habitações de construção precária que ali estavam edificadas. O Governo diz que o mesmo foi em resposta aos diversos ataque que a Renamo tem protagonizado contra as Forças de Defesa e Segurança, sendo que o último teria sido no final da manhã da segunda- -feira (21).

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