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Xiconhoquices da semana: Fraude académica nos exames extraordinários; Libertação de alegado estuprador em Nampula; Diálogo e Paz de Filipe Nyusi

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Fraude académica nos exames extraordinários

As fraudes académicas não são nada mais do que o reflexo da podridão do nosso sistema de ensino, que privilegia a passagem automática ao invés do conhecimento adquirido. Por exemplo, os exames extraordinários da 12ª classe, realizados em Agosto deste ano, foram anulados em nove escolas e cinco províncias por confirmação de fraude acadé mica. A decisão foi tomada pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e surgiu na sequência de uma investigação feita em 43 das 200 escolas secundárias do Sistema Nacional de Ensino, onde foram dectactas suspeitas de fraude. Como se isso resolvesse o problema, o ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, decretou tolerância zero a qualquer indício de fraude académica no país, depois dos últimos exames extraordinários serem marcados por indícios de fraude. Que Xiconhoquice!

Libertação de alegado estuprador em Nampula

Está é, sem dúvida, a maior Xiconhoquice do ano. Um jovem de 30 anos de idade, acusado de ter violado sexualmente uma criança de sete anos de idade, no bairro de Muatala, na cidade de Nampula, que para alcançar os seus intentos intimidou a menor, está em liberdade, pese embora a denúncia feita às autoridades policiais. Lamentavelmente, a nossa Polícia e a Justiça moçambicanas acabam de mostrar que as vítimas de actos hediondos estão entregues à sua própria sorte.

Diálogo e Paz de Filipe Nyusi

O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, que por sinal é o Comandante em Chefe das Forças Armadas de Moçambique (FADM), continua a falar em diálogo para paz, mas nada diz a respeito do cerco feito ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Na verdade, o Chefe do Estado fingia que o problema não lhe diz respeito. No cúmulo da sua Xiconhoquice, ele afirmou, aquando das celebrações dos 40 anos da Rádio Moçambique (RM), que aquele órgão de informação que vive à custa dos impostos dos moçambicanos não se pode deixar distrair com a concorrência pouco patriótica. Qual seria essa concorrência pouco patriótica? Sem dúvidas, não é por a caso que a RM é o que é: um pé de microfone do partido no poder.

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