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Xiconhoquices da semana: Festa do 1 de Junho no Parque dos Continuadores; Conselho Nacional da Juventude da FRELIMO; Recomeço dos ataques armados

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Festa do 1 de Junho no Parque dos Continuadores

Já era de esperar! Na verdade, todas as vezes que a Bang Entretenimento organiza algum evento cultural há, no mínimo, uma dúzia de aspectos negativos. E pior: tem sido recorrente. No último fim-de-semana não fugiu à regra. A iniciativa “Lizha Só Festa”, que tinha como objectivo proporcionar os petizes um dia de alegria por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Criança que se assinala a 1 de Junho, foi a prova de que a preocupação dos promotores de eventos neste país é apenas com o dinheiro.

O recinto do Parque dos Continuadores foi pequeno para acolher centenas de crianças acompanhadas pelos respectivos pais ou encarregados de educação que pretendiam passar um dia diferente, mas o que se assistiu foi uma desorganização de proporções jamais vistas.

Não havia um sistema de segurança para os petizes, razão pela qual foi frequente ver lágrimas nos olhos dos menores e dos respectivos progenitores que procuravam pelo seu parente perdido naquele espaço. Além disso, esperava-se que as músicas apresentadas fossem direccionadas às crianças e não aos adultos como aconteceu. Diga-se, em abono da verdade, que a impressão que a Bang deixou é de que se tratou de um evento organizado por um grupo de amadores. Quanta Xiconhoquce!

Conselho Nacional da Juventude da Frelimo

A partidarização de instituições de Estado e de algumas organizações por parte da Frelimo já começa a roçar o ridículo. A Assembleia Geral do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) é o exemplo de como aquela formação política se intromete em tudo quanto é assunto. É, sem dúvidas, por essa razão que as ligas juvenis dos partidos Renamo e Movimento Democrático de Moçambique (MDM) anunciaram que não iriam participar na IV Assembleia Geral do CNJ na cidade de Tete.

As duas ligas invocavam motivos de falta de seriedade por parte da imstutição na organização do evento. Como forma de manter a hegemonia na liderança do organismo que tem por obrigação velar pelos interesses da juventude moçambicana, a CNJ recorreu a organizações fantasmas, compostas por elementos da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), braço juvenil da Frelimo.

Para a reunião, a OJM foi em vantagem, uma vez que esteve representada por mais de metade dos delegados: 128 delegados distritais da OJM, 128 delegados distritais dos Conselhos Distritais da Juventude, todos provenientes das fileiras do partido Frelimo, 11 delegados provinciais da OJM, 11 delegados provinciais dos Conselho Provincial da Juventude e das associações afins, não permitindo a concorrência em igualdade de oportunidades e de circunstâncias na escolha dos órgãos de direcção.

Recomeço dos ataques armados

Pelos vistos, não há vontade política de se colocar um ponto final à tensão político-militar que o país atravessa há mais de um ano. Nem por parte do Governo e, muito menos, por parte da Renamo. Depois de a 07 de Maio último ter anunciado, unilateralmente, a suspensão dos ataques que fustigavam a região centro de Moçambique, principalmente o troço entre Muxúnguè e Rio Save, a Renamo veio a público dizer, de viva voz, que retomou os confrontos alegadamente devido à “arrogância e prepotência” das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que não param de engendrar ataques contra os seus guerrilheiros e as suas posições.

Infelizmente, a população que, com muito suor, paga os impostos é obrigada a esquivar-se de balas para chegar aos seus respectivos destinos e contribuir para o desenvolvimento de Moçambique. Desde que a tensão eclodiu, dezenas de pessoas perderam a vida. Na verdade, é por ganância e sede de poder que esse bando de indivíduos sem nenhuma réstia de sentimento para com o povo sujeita centenas de moçambicanos a viverem debaixo de fogo cruzado.

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