Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Falta segurança
A falta de segurança a que os moçambicanos estão votados é deveras preocupante. Duas situações intrigantes mostram como o povo anda vulnerável à acção de quadrilhas que agem audaciosamente perante o olhar inoperante da Polícia. A título de exemplo, um proeminente empresário foi sequestrado, no dia 24, em Maputo. A vítima, um cidadão moçambicano de ascendência indiana, foi surpreendido por um grupo de malfeitores na porta da casa. Uma outra situação deu-se na cidade de Nampula, onde indivíduos não identificados e a monte arrombaram as portas da Direcção de Identificação Civil (DIC), e apoderaram-se de meios informáticos em quantidades não especificadas, alguns dos quais usados para a emissão de bilhetes de identidade. Facto curioso é que as instalações da DIC funcionam defronte do Comando Provincial da Polícia da PRM, que está 24horas/dia guarnecido.
Falta de água em Tete
Os residentes da cidade de Tete vivem os piores momentos das suas vidas, pois nos últimos tempos não tem jorrado água das suas torneiras. Devido a essa situação, alguns citadinos têm de enfrentar os crocodilos para poderem ter acesso ao precioso líquido, tudo porque o fornecedor estatal, Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG), há quatro meses que não o disponibiliza aos seus clientes nos bairros de Matundo e Mateus Sansão Muthemba. O pior é que aquela empresa não dá nenhuma satisfação aos consumidores e, como se não bastasse, continua a emitir facturas. Quanta Xiconhoquice!
Ultimato para registo de SIM
Por alguma carga de água, as três operadoras de telefonia móvel em Moçambique anunciaram que, a partir deste sábado (28), todos os Módulos de Identificação do Subscritor (cartões SIM) activos, mas não registados até à data, serão bloqueados. Essa Xiconhoquice surge no âmbito do Decreto no. 18/2015, de 28 de Agosto. Em 2010, a seguir à greve de 01 e 02 de Setembro devido à carestia da vida, foi tomada a mesma medida, que visava ajudar na investigação de crimes e no futuro evitar que os manifestantes voltassem a mobilizar-se através de mensagens escritas anónimas por meio de celulares; porém, ela fracassou. Não sabemos que razões estarão por detrás desse ultimato, mas tudo indica que se deve à preocupante situação financeira para a qual o país caminha.
