Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Falta de água na cidade de Nampula
Um adágio popular reza que “sem água não há vida”, o que traduz a ideia de que a água é essencial para a vida humana, nomeadamente para a saúde básica e a sobrevivência, bem como para a produção de alimentos e prática de actividades económicas orientadas para a geração de rendimento.
Todavia, centenas de pessoas, com destaque para as crianças, a maior parte das quais oriunda de famílias de baixa renda, estão em risco de contrair várias doenças e, na pior das hipóteses, de morrer porque na famosa capital da região norte persiste a falta do precioso líquido. Os esforços desenvolvidos pelas autoridades para garantir água em Nampula não surtem efeito.
Parece que há necessidade de se mudar as pessoas que estão à frente do processo antes que o povo perca a vida por causa de sede e algumas doenças resultantes da falta de água. O que mais inquieta os munícipes de Nampula é o facto de ter sido inaugurada, recentemente, uma infra-estrutura para o abastecimento do precioso líquido, a qual não responde à demanda, apesar das promessas de que iria resolver a crise.
Campanha eleitoral em Cuamba
A caça ao voto já iniciou em Cuamba, província do Niassa. A “Maçaroca e o Batuque”, a “Perdiz” e o “Galo” encontram-se naquela autarquia a disputar o eleitorado com vista a convencê-lo a votar nos seus programas de governação. Tal como no passado, mais promessas falsas ou mentiras serão propaladas em tom de uma verdade que dificilmente ou nunca será cumprida.
As promessas do candidato da Frelimo, Zacarias Filipe, que por sinal é docente de profissão, circunscrevem-se ao velho e debotado discurso: a melhoria das condições de vida dos munícipes. Leovigildo Buanacasso, candidato do partido Renamo, para além de prometer um futuro brilhante aos residentes de Cuamba, diz que vai construir latrinas melhoradas, mormente nas zonas pantanosas.
Que brincadeira! Este senhor deve estar a pensar que o povo é burro e cego! Tito Cremildo, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), não ficou atrás e prometeu o “paraíso” aos moradores daquela autarquia. Disse que vai abrir novas estradas e reabilitar as que já existem. Estes compatriotas mentem que se fartam, mas o dia 17 de Dezembro está próximo…
Crimes violentos em Maputo
Após alguns dias de relativo sossego, o crime violento perpetrado com recurso a armas de fogo e brancas voltou a abalar a capital moçambicana, a cidade de Maputo. Um dos casos bárbaros aconteceu no bairro suburbano de Maxaquene “B”, onde a Policia encontrou, numa segunda-feira, um corpo de uma mulher que teria supostamente sido assassinada pelo seu antigo namorado.
Na mesma residência, outra mulher, que vivia com a finada, foi atacada com uma catana e ficou ferida, segundo relatos das autoridades da Lei e Ordem. No bairro do Aeroporto “A”, vários cidadãos foram assaltos e agredidos fisicamente pelos malfeitores e uma senhora, de aparentemente 40 anos de idade, foi abusada sexualmente até à morte. Na madrugada deum sábado, no bairro Central, um grupo de indivíduos tirou a vida a um cidadão com recurso a uma arma branca.
Na altura, o finado encontrava-se na sua residência a descansar. Afinal, que raio de país é este onde as pessoas não se podem movimentar à vontade nem gozar momentos de lazer nas suas próprias casas? Alguém nos pode dizer o que se passa nas cabeças dos malfeitores que protagonizam tais actos? E as armas de fogo com que se assalta e mata cidadãos indefesos de onde vêm?
