Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Xiconhoquices da semana: Falta de água em Nampula; Polícia que só encontra ilícitos eleitorais na oposição; Polícia em Nampula

Xiconhoquices da semana: Investimentos do Banco Mundial em combustíveis fósseis; Endividamento das Empresas Públicas; Crise de gás de cozinha

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Falta de água em Nampula

O Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) e a edilidade de Nampula deviam procurar estratégias viáveis para fazer face à problemática de água que já tem barbas brancas nesta região do país. A água é um recurso natural, extremamente, vital.

Quando este precioso líquido escasseia, as pessoas são sujeitas a percorrer longas distâncias. Nos casos mais graves, elas são obrigadas a consumir água imprópria, encontrada em locais frequentados pelo gado bovino, tal como acontece na zona do Vieira, bairro de Natikiri, onde a situação afecta mais de uma centena de famílias que lá residem. Para contornar a situação, alguns moradores percorrerem longas distâncias para obter pelo menos 20 litros de água potável.

O Conselho Municipal da Cidade de Nampula, como sempre, reconhece o problema e assegura que decorrem estudos para a abertura de alguns furos de água. O projecto para o efeito será concretizado ainda este ano. Enquanto isso não acontece, a edilidade e algumas instituições públicas e privadas dizem que procuram alternativas para atenuar o sofrimento da população, tais como a instalação de tanques de água.

Polícia que só encontra ilícitos eleitorais nos partidos de oposição

Em condições normais, a Polícia é considerada a guardiã da segurança e tranquilidade pública. Mas os agentes da corporação, no exercício das suas funções, não podem demonstrar simpatia ou afinidade por algum partido político. Mas o que se verifica durante a campanha eleitoral é que a Polícia da República de Moçambique (PRM) mostra um carinho incondicional em relação ao partido no poder. Ora vejamos: os agentes da PRM só encontram ilícitos eleitorais por parte dos partidos da oposição e, quando se trata da Frelimo, eles fazem vista grossa.

Para mostrar que estão a trabalhar, os porta- -vozes da PRM fazem questão de sublinhar os nomes desses partidos da oposição nos seus habituais briefings. Este mau exemplo não é só da Polícia de Protecção, mas também dos agentes da Polícia de Trânsito que, quando se trata de campanha eleitoral da Frelimo, eles esmeram-se no seu trabalho, escoltando a caravana e criando condições para que se embarace a circulação de veículos na via pública.

Polícia desempenha mau trabalho em Nampula

Mais uma vez, a Polícia da República de Moçambique (PRM) volta a sujar o uniforme, prestando maus serviços aos cidadãos. Na verdade, a Polícia é, sem dúvidas, o pilar mais inoperacional no nosso Estado. Ao invés de combater o crime, ela instala-se nas barracas espalhadas pela cidade de Nampula para extorquir os cidadãos.

Na semana finda, a população das Unidades Comunais de Teacane, no bairro de Natikiri, Cavalaria, no bairro de Carrupeia, e Cotocuane, em Namutequeliua, acusaram as autoridades policiais de nada fazerem para estancar a criminalidade que supostamente está a recrudescer naquelas zonas. Segundo os moradores de Namutequelia e Carrupeia, pessoas desconhecidas protagonizam desmandos mas os casos denunciados não são averiguados em resultado da alegada indiferença por parte da Polícia.

Reclamações similares registam-se um pouco por todos os bairros suburbanos da cidade de Nampula. Na zona da Cavalaria, no bairro de Carrupeia, uma senhora queixou-se de ter sido vítima de agressão física. Ela denunciou o caso às autoridades policiais, mas no dia da audição foi obrigada a declarar que perdoava o presumível infractor. Há Xiconhoquice maior que esta!?

Obviamente que não. Como sempre, Miguel Bartolomeu, porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, disse que os mesmos não constituem verdade, mas reconheceu que de há um tempo a esta parte os cidadãos queixam- -se muito da criminalidade. Ele instou a população a ser cada vez mais vigilante e a denunciar pontualmente os casos relacionados com a transgressão das normas de harmonia social.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

error: Content is protected !!