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Xiconhoquices da semana: Explicações do ministro Maleiane sobre avales ilegais; Atentado à Jaime Macuane; Visita de Nyusi a China

Xiconhocas da semana: Lizha James; Atanásio M’Tumuke; Standard Bank

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Explicações do ministro Maleiane sobre avales ilegais

O ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, tornou-se, nos últimos tempos, um especialista em proferir mentiras até à exaustão. Desta vez, com todo ar de um mero funcionário público, formatado para subscrever todas as decisões perversas do Governo de turno, Maleiane, durante a audição à Comissão parlamentar, deu uma explicação evasiva aos moçambicanos. O ministro, na verdade, defendeu o aval ilegal garantido pelo Estado, lançando areia para os olhos dos moçambicanos. Além disso, usando uma desculpa estapafúrdia, Maleiane defendeu o injustificável ao afirmar que o peixe pescado pela fraude EMATUM está a ser exportado neste momento para a China, Europa e, as vezes, é servido nos restaurantes, e como se anda a criticar muito então no marketing da pessoa que está a vender não põe lá atum da EMATUM. Quanta parvoíce, senhor ministro!

Atentado à Jaime Macuane

O esquadrão da morte posto a circular para amedrontar, reprimir e até matar os moçambicanos que demonstram a sua indignação relativamente à corrupção institucionalizada pelo regime da Frelimo continua em lume brando. Desta vez, a sua vítima foi o professor universitário, José Jaime Macuane. O académico, que tem proferido comentários contundentes a respeito da situação político, social e económico que o país atravessa,  foi raptado esta segunda-feira(23) nas proximidades da sua residência, no bairro da Coop, na capital moçambicana, e baleado nas duas pernas por desconhecidos, no distrito de Marracuene, na província de Maputo, que tinham a missão de “lhe pôr coxo”. Como sempre, a Polícia da República de Moçambique (PRM), e o Governo do partido Frelimo, sempre célere a esclarecer ataques atribuídos “a homens armados da Renamo”, ainda não se pronunciaram sobre mais este atentado. Quanta Xiconhoquice!

Visita de Nyusi a China

Numa altura é que os moçambicanos clamam para o fim dos confrontos armados que se registam frequentemente na região norte do país, o Presidente da República, Filipe Nysusi coloca as mãos nos bolsos e assobia para os lados, como se o problema não lhe dissesse respeito. A título de exemplo, ao invés de criar condições palpáveis para pôr fim a essa crise política que se vive no país, o Chefe de Estado foi para a China reforçar a cooperação militar. Naquele país, Nyusi apressou-se a visitar uma academia militar, numa clara demonstração de que ele está a marimbar-se para o sofrimento do povo moçambicano. Na verdade, o espírito belicista do Presidente continua a falar mais alto, e o anúncio da abertura para o diálogo não passa de conversa para boi dormir.

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