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Xiconhoquices da semana: Diálogo ainda sem consenso, Corruptos na função pública, Mensagem de felicitação a Mugabe

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Diálogo ainda sem consenso

No diálogo do entretenimento a única coisa que importa é a ausência de consenso. As rondas sucedem-se e o desfecho é sempre o mesmo: “não há acordo”. O que se devia fazer, uma vez que o consenso é uma espécie de terra de ninguém, é levar os altos dirigentes do Governo e os quadros superiores da Renamo para Sathunjira.

Os fundos desperdiçados nas irresponsáveis presidências abertas deveriam, por uma questão de interesse nacional, ser canalizados para a construção de um estádio com capacidade para 200 mil moçambicanos. A ideia da construção de um estádio é necessária para que, uma parte do povo moçambicano, veja de perto a resolução dos diferendos entre o Governo e a Renamo numa troca de socos entre Guebuza e Dhlakama e os seus sequazes.

Só dirigentes do topo é que devem subir ao ringue para encerrar, com um gancho de esquerda, a Xiconhoquice da ausência de consenso. É que não se pode brincar com coisas sérias. Uma luta corpo a corpo entre os líderes seria a forma mais honrosa de resolver o problema.

Corruptos na função pública

“O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) afirma que a delapidação do erário tende a aumentar em Moçambique e é perpetrada por aqueles que têm a tarefa de garantir a sua correcta gestão. Somente em Julho passado, foram tramitados 57 processos-crime contra funcionários acusados de corrupção”, lê-se num artigo publicado no @Verdade online. Está, portanto, mais do que claro que as Xiconhoquices ganham terreno no nosso frágil projecto de país.

Contudo, a morosidade da justiça deixa muito a desejar e revela que muitos desses casos terão, para desgraça dos cidadãos honestos, um desfecho favorável aos larápios. Aliás, o facto de o director do GCCC, Bernardo Duce, revelar que apenas um polícia de trânsito foi detido na sequência deste processo de purificação de fileiras mostra, de forma categórica, que o tipo de bandidos que pretendemos colocar para julgamento público pertence à raia miúda. Com tanto criminoso de colarinho branco expor um pobre cinzentinho é muita má-fé.

No reino das Xiconhoquices devia ser proibido faltar ao respeito aos verdadeiros criminosos deste país com a infeliz apresentação de peixe miúdo. O que as pessoas vão pensar da qualidade dos larápios da função pública? Há, diga-se, coisas muito melhores para o GCCC mostrar para aplaudirmos, mas pegar num trânsito e num director distrital para reivindicar trabalho é sacanice.

Mensagem de felicitação a Mugabe

Parece que a mesquinhez e a falta de bom senso, suplantadas pela pouca-vergonha, ainda abundam no seio do Governo de Moçambique. Além do mais, esses são alguns dos aspectos que caracterizam um Xiconhoca por excelência. Desta vez, para não fugir à regra, o Governo moçambicano, na pessoa do Presidente da República, Armando Guebuza, decidiu felicitar o Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, pela vitória vergonhosamente fraudulenta nas últimos eleições havida naquele país vizinho, numa clara demonstração da sua xiconhoquice. É, na verdade, um acto que causa profunda indignação, pois não se justifica que ainda em pleno século XXI um chefe de Estado se preste a atitudes lamentáveis e sumamente vergonhosos como a que protagonizou Guebuza. É do conhecimento de todos que o escrutínio foi um valente golpe para a democracia, uma autêntica vergonha para África que procura impor-se como um continente onde a vontade do povo é respeitada. Não sabemos o que terá motivado tal atitude, mas, é bom que se diga, não se podia esperar outra coisa de alguém que tem vindo a revelar-se um mau exemplo para a sociedade. Na verdade, a atitude do estadista moçambicano não só foi mesquinha, como também insensata e medíocre.

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